segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Estudo Biblico O Reino e o
Poder Evangélica Gospel


O Reino e o Poder


O profeta Daniel viveu em tempos tumultuados. Numa vida que se prolongou possivelmente até aos 90 anos, Daniel experimentou a queda do Reino de Judá pelas mãos de Babilônia, e depois a destruição de Babilônia pelos medo-persas. Durante essas reviravoltas políticas, quando as superpotências da época entravam em confronto direto umas contra as outras, competindo pelo controle do antigo Oriente Médio, Deus revelou a Daniel que tudo estava sob Seu controle e de acordo com o plano que Ele tinha para Seu povo, Israel, e para a vinda do reino de Deus à terra.

Durante os séculos VI e VII a.C., o Reino de Judá foi apanhado em um conflito entre três grandes impérios: a Assíria, a Babilônia e a Medo-Pérsia. O Império Assírio, com base em Nínive, havia governado o antigo Oriente Médio desde o tempo de Tiglate-Pileser III, na metade do século VIII a.C. Foi essa nação que havia conquistado Samaria e levado cativo a Israel, o Reino do Norte, em 722 a.C. Ao final do século seguinte, a Babilônia foi vagarosamente invadindo a Assíria, saqueando Nínive em 612 a.C.

Em 609 a.C., uma coalizão entre os exércitos da Assíria e os do Egito tentaram reprimir os babilônios em Carquemis. Mas, perto de 605 a.C., sob o poder de Nabucodonosor, a Babilônia foi vitoriosa; e, assim, Judá tornou-se subserviente ao Império Babilônio.

Naquele ano, Nabucodonosor levou pessoas cativas do Reino de Judá, dentre elas Daniel. Ele voltou a fazer a mesma coisa em 597 a.C., após a rebelião do rei Joaquim. Este morreu na Babilônia; seu sucessor, Jeoaquim, foi então levado prisioneiro (juntamente com o profeta Ezequiel); e Zedequias se tornou rei. Finalmente, em 586 a.C., após Zedequias ter se rebelado, o rei Nabucodonosor queimou Jerusalém, destruiu o Templo e exilou o restante da nação de Judá. Como a Babilônia já controlava Israel (o Reino do Norte), que havia sido capturado pela Assíria, Babilônia tinha agora total domínio sobre todo o povo judeu.

O Império Babilônio, embora glorioso, teve vida curta. Treze anos depois da morte de Nabucodonosor, uma coalizão entre os medos e os persas, sob a autoridade do rei Ciro da Pérsia, conquistou a Babilônia, desviando o rio Eufrates e atacando a cidade através do leito do rio, no dia 29 de outubro de 539 a.C. Ciro, então, decretou que todas as nações cativas sob o poder de Babilônia poderiam retornar às suas pátrias. Desta forma, foi dado início ao Império Persa, sem precedentes, que governou desde a Índia até o Mar Mediterrâneo por mais de 200 anos.

Assim, Daniel viveu durante um tempo de tremendo tumulto político, com a nação judaica sendo subserviente a essas potências maiores. O Livro de Daniel, entretanto, nos ensina que o mundo nunca está fora do controle de Deus e que todas as nações estão sujeitas a Ele.

O Livro

Embora a Bíblia cristã coloque Daniel entre os Profetas Maiores, a Bíblia hebraica o coloca juntamente com os Escritos. Isso pode ser porque Daniel trabalhou principalmente como um funcionário do governo, primeiro da Babilônia e depois da Pérsia; portanto, o livro foi colocado entre Ester e Esdras/Neemias, juntamente com outros escritos dos tempos pós-exílicos.

As revelações de Daniel abrangem quase sete décadas e especificam os anos de realeza, quando ele recebia visões. O livro foi escrito tanto em hebraico (Dn 1.1-2.4a; Dn 8.1-12.13) quanto em aramaico (Dn 2.4b-7.28). Aramaico era a língua internacional daquela época e o fato do livro ter sido escrito nas duas línguas nos diz que Daniel escreveu tanto para judeus quanto para gentios.

Daniel 1 funciona como uma introdução. Esse capítulo coloca Daniel como um judeu exilado na Babilônia e mostra tanto seu caráter quanto a bênção de Deus sobre ele e sobre seus amigos por causa da fidelidade deles. Os capítulos 2 a 7 estão escritos em aramaico, significando que a mensagem é primeiramente para as nações gentias.

Os capítulos 2 e 7 revelam quatro reinos gentios de duas formas. No capítulo 2 (o sonho de Nabucodonosor), cada um dos quatro reinos é representado como um tipo de metal na imagem de um homem que é finalmente destruída pela vinda do Reino de Deus. No capítulo 7, os mesmos quatro reinos são apresentados como quatro tipos de bestas. As Escrituras identificam os primeiros três reinos como a Babilônia (Dn 2.37), a Medo-Pérsia (Dn 8.20) e a Grécia (v.21); e o quarto reino é geralmente reconhecido como sendo o Império Romano – o que se encaixa historicamente.

Da mesma maneira, os dez artelhos da imagem em Daniel 2.41-43 correspondem aos dez chifres da quarta besta em Daniel 7.7,24. A revelação adicional em Daniel 7.8,24 é a que um pequeno chifre irrompe dentre os dez para blasfemar contra Deus. O Altíssimo julga aquele chifre pequeno através do Filho do Homem, e então o reino é entregue aos santos.

Os capítulos 3 e 6 correspondem um ao outro, pois demonstram a preservação que Deus faz dos que se mantêm fiéis a Ele na época desses governantes gentios. O capítulo 3 é a famosa história de Sadraque, Mesaque e Abedenego e de como Deus os protege na fornalha quando eles não se prostram diante da imagem de Nabucodonosor. Da mesma maneira, Deus protegeu a Daniel, já idoso, (capítulo 6) na cova dos leões quando continuou a se prostrar diante do verdadeiro Deus, mesmo em violação à lei dos medos e dos persas. Os dois relatos não apenas instruem o Povo Escolhido de Deus a ser fiel a Ele enquanto estiver sob o governo dos gentios, mas também instruem os governantes gentios sobre quem é verdadeiramente Deus.

Essa confiança torna-se, então, o tema dos capítulos 4 e 5. O capítulo 4 é a descrição autobiográfica de Nabucodonosor e de seu encontro com o Deus Altíssimo. É a história do orgulho e da humilhação desse rei durante os sete anos em que sofreu de boantropia (insanidade em que a pessoa pensa que é um bovino). Ele viveu em humilhação, como um animal no campo, até que reconheceu que seu reino e poder vinham de Deus.

O capítulo 5 reconta a blasfêmia do rei Belsazar e a resposta de Deus quando usou, em sua festa de bebedeiras, os utensílios sagrados do Templo judaico que havia sido destruído. Os dois relatos admoestam os governantes gentios a reconhecerem que a soberania deles sobre Israel vem de Deus. Não vem deles, nem de seus deuses; e eles devem honrar o Deus Altíssimo e Seu povo, ou serão julgados.

Os capítulos 8 a 12 consistem de três visões, ou revelações, escritas em hebraico e tratam do futuro de Israel sob o domínio de quatro reinos gentios. Todas as três visões enfocam o contínuo julgamento ou sofrimento de Israel nas mãos dos gentios até que venha o Reino de Deus. O capítulo 8 é uma visão revelada em 551 a.C., e trata da opressão de Antíoco IV (Epifânio), um rei selêucida vindo do Império Grego, que profanaria o futuro Segundo Templo em Jerusalém, em 167 a.C., estimulando desta forma a revolta dos Macabeus. Esse rei também é descrito na visão de Daniel 11.21-35.

O capítulo 9 é a resposta de Deus à oração de Daniel em 539-538 a.C., sobre a profecia de Jeremias de que o povo judeu ficaria no exílio por 70 anos (Jr 25.11-12; Jr 29.10). Daniel entendeu que aquele era o momento do final do exílio (609-539 a.C.).

Deus revelou a Daniel que um período de 70 vezes sete anos de julgamento futuro estava decretado para Jerusalém até que toda a expiação tivesse sido feita em favor de Israel. No final de 483 anos, o Messias deveria ser “cortado” (Dn 9.26), deixando uma última “semana” (um período de sete anos) de julgamento antes do fim (vv.24-27).

A visão final, registrada nos capítulos 10 a 12, foi dada em 536-535 a.C. e trata da nação de Israel nos “últimos dias” (Dn 10.14). O capítulo 11 visualiza os conflitos entre os selêucidas e os ptolomaicos durante o tempo do Império Grego, que culminou com a abominação da desolação de Antíoco Epifânio no Templo (Dn 11.31).

Antíoco Epifânio é apresentado como nada menos que um tipo de um futuro governante maior: o Anticristo, que se exaltará contra Deus. O livro termina com o estabelecimento do governo de Deus e a recompensa da ressurreição dos santos.

A Mensagem

O Livro de Daniel contém uma mensagem tanto para Israel quanto para as nações gentias. Para Israel, a mensagem é que permaneça fiel ao único e verdadeiro Deus a despeito dos sofrimentos sob o governo gentio, enquanto espera o Messias de Deus e o Seu Reino.

Para os gentios, a mensagem é que reconheçam o Deus de Israel como o Deus Altíssimo e acolham o plano dEle para Israel e para o mundo. Deus deve ser reconhecido como Soberano; e honra e glória devem ser dadas a Ele. Como o próprio Nabucodonosor reconheceu: “o domínio [do Deus de Israel] é sempiterno, e o reino [do Deus de Israel] é de geração em geração” (Dn 4.34).






Estudo Biblico O
Exército de Deus  Evangélica Gospel


O Exército de Deus


INTRODUÇÃO:

Guerra espiritual é hoje uma linguagem universal, todos os crentes já ouviram pelo menos uma vez este termo, não é modismo de evangelização e missões, absolutamente é uma luta que travamos constantemente contra satanás.

* Nós somos soldados alistados para esta grande batalha espiritual, um soldado é um combatente, um campeão, portanto um vencedor (2 Tm 2.3) “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus.” Um soldado é parte integrante de um corpo que pode ser chamado de guarnição, destacamento, batalhão ou regimento. 

Em (Jl 2.2b e 5b) “um povo grande e poderoso, qual nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração: ...como um povo poderoso, posto em ordem de batalha.” Aqui encontramos duas características marcantes do exército de Deus. Pois maior é aquele que está em nós (1 Jo 4.4) “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” Nunca digas estou só, pois o Senhor Jesus afirma categoricamente: (Mt 28.20) “...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Nunca mais digas: não posso, pois está escrito (Fl 4.13) “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”

Vejamos objetivamente, as diversas posições a serem ocupadas no exército de Deus:

1 – INFANTARIA.

São aqueles que estão na linha de frente, basicamente no corpo a corpo com o inimigo: destituindo potestades, expulsando demônios, invadindo pessoalmente o território do inimigo, pisando neste território e tomando posse em nome do grande general – Jeová Shabaot ( Senhor dos exércitos). Exemplo: Davi colocou Urias na infantaria. Como também os missionários.

2 – ARTILHARIA.

É composto pelo grupo que utiliza armas de longo alcance, como: Intercessão, combate espiritual em grande escala, Fé sobrenatural e palavras de autoridade. Exemplo: Elizeu (2 Rs 6.18) “Quando os sírios desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” Jesus (Mt 8.8b) “...mas somente dize uma palavra, e o meu criado há de sarar.” O objetivo principal da artilharia é enfraquecer as forças inimigas, atingindo alvos selecionados como: Principados, Potestades, Dominadores deste mundo tenebroso. (2 Co 10.4,5; Ef 6.12) “pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas;” Bombardeando as fortalezas inimigas, o trabalho é facilitado para os infantes que estão na linha de frente, os quais, despojarão o inimigo, tomando-lhe as vidas preciosas e transportando-as para o reino da luz. (Is 49.25) “...Certamente os cativos serão tirados ao valente, e a presa do tirano será libertada; porque eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos eu salvarei.” 

3 – REGIMENTO MOTORIZADO.

São agrupamentos que utilizam os grandes equipamentos de guerra para atingir as grandes massas. Exemplo: O rádio, a televisão, os grandes seminários, seu objetivo principal é lançar de uma só vez toneladas de sementes da palavra de Deus. (Is 40.9) “Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.” 

4 – ENGENHARIA.

É o grupo dotado de uma capacidade especial de engendrar, arquitetar, planejar meios através dos quais é aumentado, facilitando e ampliando o poder de fogo do exército de Deus. São as técnicas e táticas especiais do Espírito Santo (O grande Ensinador), que nos leva a resultados surpreendentes. Deus sempre levantou e treinou os seus engenheiros de guerra, exemplo: Moisés (Ex 17.11) “E acontecia que quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.” , Josué (Js 10.12b) “...e disse na presença de Israel: Sol, detém-se sobre Gibeão, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom.” Josafá (2 Cr 20.22ª) “Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e do monte Seir,...” e Paulo e Silas (At 16.25,26). Utilizando-se de artifícios, humanamente loucos, estes homens venceram batalhas e situações humanamente impossíveis.

5 – COMUNICAÇÕES.

O elemento deste agrupamento tem como missão promover o apoio de comunicações necessária àqueles que o recorrem ou dele dependem. Existem tanto as comunicações ativas, que dão diretrizes de ataque; quanto a passiva, que visam preservar do perigo eminente. Em ambos os casos, Deus utiliza com freqüência os seus profetas, conforme (Am 3.7) “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” E não com menos freqüência a sua palavra (Hb 1.1) “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,” exemplo: a extratégia através de Jaaziel (2 Cr 20.14-17); aviso através de Elizeu (2 Rs 6.6).

6 – SUPRIMENTO.

Visa promover o suprimento regular e extraordinário, tanto da necessidade básica de sobrevivência e bem estar do soldado, quanto, dos equipamentos e munições por ele utilizados. Exemplo: Davi, antes de se tornar rei, assistia seus irmãos, na batalha, com mantimentos (1 Sm 17.15,17,18). Mas Deus queria Davi era no meio da batalha como um soldado.

7 – DEPARTAMENTO MÉDICO.

Este grupo de forma especial cuida do tratamento e recuperação dos feridos e doentes. Cuida também da saúde preventiva da tropa. Num combate há sempre aqueles que por um ou outro motivo são feridos e necessitam de cuidados especiais. Exemplo: Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.34-37).

CONCLUSÃO:

Esta luta contra as trevas envolve todos os crentes, seja qual for seu dom ou vocação. Fazer evangelismo é fazer guerra contra as trevas, é tirar da cegueira espiritual os cativos de satanás. (2 Co 4.4).

domingo, 9 de dezembro de 2012


Estudo Biblico
Aprendendo a lançar as redes  Evangélica Gospel


Aprendendo a lançar as redes


"Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a Tua palavra lançarei as redes." (Lucas, 5.5)

         Havia sido uma noite difícil e de muito trabalho para Pedro e seus dois sócios, Tiago e João; horas lançando as redes no mar da Galiléia sem conseguir o sucesso esperado. No rosto de Pedro estavam estampados o cansaço e a frustração enquanto lavava as redes a fim de guardá-las. Muitas dúvidas enchiam o seu coração quando pensava sobre a próxima noite. O que dizer em casa quando chegar mais uma vez sem nada para oferecer à família? Onde estava o resultado pelo seu esforço tão sincero, dispendido em horas de trabalho?
         Algo novo aconteceu naquela manhã; aquEle pregador, filho de José, o carpinteiro de Nazaré - cidade próxima à aldeia onde Pedro morava -, passeava pela areia da praia e era seguido por uma grande multidão. Parando diante de Pedro, pediu sua ajuda para que, de seu barco, um pouco dentro do mar, tivesse condições de falar àquelas pessoas tão carentes de orientação divina. Atendendo ao convite, Pedro levou Jesus aonde Ele havia pedido e, sentado ao Seu lado, ouvia atentamente à voz do Mestre.
         Finda a mensagem, Pedro recebeu de Jesus uma ordem totalmente contrária à sua grande experiência de pescador, que não se coadunava com suas recentes tentativas: voltar ao mar alto e lançar as redes novamente. Mas ele já tentara tantas vezes, em tantos lugares, durante toda a noite, sem sucesso!
         Aquela, porém, era uma nova tentativa, diferente, decerto, pois estaria lançando as redes da forma que Jesus queria, no lugar que Ele havia orientado e no tempo escolhido pelo Senhor. Que resultado poderia obter? Os versículos 6 e 7 nos descrevem: "isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompia-se-lhes as redes. Fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique.".

A partir daquele dia, Pedro reconheceu que não havia como continuar suas atividades corriqueiras, diárias, sem a orientação e a companhia de Jesus. Ele decidiu que tudo o que fizesse a partir de então seria "sob a Sua palavra".
         Você tem tentado caminhar e tem buscado vitórias sem o resultado esperado? Tem colhido tentativas frustradas e dúvidas quanto ao futuro? Não é verdade que estas tentativas estão baseadas na sua própria tese de "lançamento de redes" e não nas do Senhor? Quero desafiá-lo a sentar e ouvir o que Jesus tem a dizer sobre sua vida e atentar para a forma, o lugar e o tempo de "lançar as redes", já providenciados para você. Dê ouvido à orientação de Jesus Cristo, e suas redes ficarão cheias. 


Autor: Alisson Magalhães


Estudo Biblico
Geração do Vinho Novo  Evangélica Gospel


Geração do Vinho Novo

João 2:1-11


Introdução:

a) Jesus iniciou seu Ministério de uma forma estratégica.

Foi a um casamento em Cana da Galiléia e lá transformou água em vinho.
Houve a necessidade do milagre porque havia acabado o vinho na festa.
O segundo vinho, foi eleito melhor do que o primeiro.
Não vamos discorrer sobre o casamento em Cana, nem sobre aquele milagre, mas vamos ver aqui dois tipos de vinho, dois tipos de ministérios, dois tipos de sacerdotes.

b) O vinho novo.

Era melhor que o primeiro.
O vinho novo representa o ministério que Jesus estava iniciando. O ministério da Graça.
Hoje temos necessidade do vinho novo, de um ministério cheio da unção e do pode de Deus.
O vinho novo pode ser representado pelo sacerdócio de Samuel e o vinho velho pelo sacerdócio de Eli.
Vejamos o ministério de Eli e o ministério de Samuel.

c) Todos nós somos sacerdotes.

Qual o ministério sacerdotal que estamos exercendo? De Eli ou de Samuel? Somos vinho velho ou vinho novo?

1. CARACTERÍSTICAS DO SACERDÓCIO DE ELI:


1.1 Falta de Discernimento Espiritual. (I Samuel 1:12-15).

a) Ana pedia um filho a Deus e Eli a tinha por embriagada.
Este é o ministério a falta de discernimento.
O crente sem discernimento faz do seu sacerdócio um desastre.
Ele vê coisas espirituais como carnais e coisas carnais como se fossem espirituais.

1.2 Gera filhos que não se importam com o Senhor. (I Samuel 2:12)

a) Eles tomavam no altar do Senhor qualquer parte da oferta que era trazida para holocausto, sem observar os princípios da lei do holocausto.
Os filhos de Eli eram sacerdotes na casa de Deus.
Eles metiam o garfo na panela e o pedaço que tiravam, comiam.
Também eram prostitutos.
Na verdade eles nem estavam preocupados em agradar ao Senhor.
Este representa o ministério de muitos irmãos que freqüentam a casa de Deus, mas não se importam se estão ou não agradando a Deus.
Este é o ministério do vinho velho. Alcançou uma posição e não está mais preocupado em agradar a Deus.
Seus discípulos estão servindo a Deus? Seus filhos na fé estão gerando frutos para Deus? Que tipo de sacerdócio seus discípulos estão exercendo?

1.3 Falta o exercício da autoridade para exortar. (I Samuel 3:13)

a) Eli conhecia os pecados de seus filhos, mas não corrigiu seus erros.
Eli representa o sacerdote que não corrige seus discípulos, o pai que passa a mão sobre a cabeça de seus filhos quando erram.
Deus não quer uma igreja sem correção. É função do sacerdote corrigir os erros e pecados.
Os vínculos da alma foram mais fortes que o exercício da autoridade espiritual.
 

1.4 Falta visão. Torna-se um ministério cego. ( I Samuel 3:2)

a) Eli perdeu a visão material e espiritual
Eli representa um ministério que está velho, cansado e sem visão.
Muitos líderes hoje perderam a visão ministerial já não estão mais preocupados com a Obra de Deus.
Cuidado para você não perder o foco da sua vida, o foco do propósito de Deus para você.
Quando se perde a visão também se pára a caminhada. Um cego não anda sozinho.
Há muitos sacerdotes cegos. Você é um deles?
Qual a sua visão das coisas de Deus? Qual sua visão dos seus discípulos?

1.5 Não recebe mais revelação de Deus. (I Samuel 3:16-17)

a) Deus não falava mais com Eli. Para conhecer a revelação de Deus teve que consultar a Samuel (uma criança).
Um Sacerdote sem revelação é um desastre, pois é o sacerdote que leva o povo a Deus.

Eli havia perdido toda a unção para ministrar ao Senhor.
Deus havia rejeitado o seu ministério sacerdotal e deixou de se revelar a ele.
Há muitos sacerdotes hoje pregando sem revelação, falando de Deus sem conhecer a vontade de Deus.
Qual sacerdócio você representa: Eli ou Samuel?
Como anda sua vida de comunhão e intimidade com Deus? Eli já não tinha mais comunhão com Deus.
Qual o nível de revelação que você tem recebido de Deus?

1.6 Está condenado a acabar (1 Samuel 2:30 e 33).

a) Deus condena toda a linhagem de Eli.
Este tipo de sacerdócio não agrada a Deus e é condenado a acabar.
Eli serviu a Deus 40 anos como sacerdote e no fim de sua vida não teve discípulos que continuasse o seu ministério sacerdotal.
O pecado do sacerdote faz Deus cortar toda a sua linhagem.
Você é responsável perante Deus pela continuidade do seu ministério sacerdotal. Depois de você quem vai continuar seu ministério?

1.7 Seu fim é morte. Deus julga os sacerdotes Eli e seus filhos. (1 Samuel 4:17-18)

a) O Deus que levanta também é o Deus que abate.
Foi triste o fim do ministério de Eli. Morreu sabendo que não havia substituto em sua família no sacerdócio.
Recebeu a notícia da morte dos seus filhos e da captura da arca da Aliança que era sua responsabilidade guardar.
Acabou o ministério do vinho velho. Agora Deus já havia preparado o vinho novo através de Samuel.
Antes do vinho velho se acabar Deus já havia colocado Jesus na festa para realizar o milagre do vinho novo.
Hoje Deus está levantando uma nova geração – Geração do vinho novo – porque o velho já está se acabando.

2. CARACTERÍSTICAS DO SACERDÓCIO DE SAMUEL:


2.1 Gerado através de oração (1 Samuel 1:10-11)

a) Samuel foi gerado pelas orações de Ana.
Aqui nasce um ministério forte e cheio da unção de Deus, pois foi gerado com oração e voto de consagração.
Você que tem se convertido nesta igreja. Você é resposta de oração, você faz parte da geração do vinho novo que vai conquistar esta nação.
Você foi gerado pelas orações da Igreja.
Você é vinho novo!

2.2 Totalmente dedicado a Deus (1 Samuel 1:26-28)

a) Samuel foi levado ao templo para o serviço do Senhor.
A geração do vinho novo é uma geração de serviço.
É uma geração consagrada para o exercício da obra do Senhor.
É uma geração que vive no altar.

2.3 Levantado para substituir o ministério do vinho velho (Eli). (1 Samuel 2:35; 3:20-21)

a) Samuel foi levantado para substituir a Eli.
Samuel representa um sacerdote fiel que iria proceder conforme o que Deus tinha no coração.
Todo o Israel confirmou que Samuel estava no lugar de Eli.
Deus tem te levantado como sacerdote nesta cidade. Você vai receber a confirmação através da Obra do Senhor em suas mãos.
Você é vinho novo. Faz parte de uma nova geração que Deus está levantando de profetas e sacerdotes destemidos.

2.4 Apto para receber revelação de Deus. (1 Samuel 3:1 e 4)

a) Deus falava com Samuel.
Era um tempo em que revelação era coisa rara e Deus falava com Samuel.
Assim também é hoje. Deus está levantando uma geração que tem ouvidos para ouvir a sua voz
Esta geração do vinho novo está preparada para ouvir a Deus.

2.5 Produz avivamento:

a) Traz o povo de volta a Deus (1 Samuel 7:3-4)
É esta geração que vai trazer o avivamento de Deus. Vai pregar o arrependimento e se levantar contra o pecado.
Samuel aos vinte anos levou o povo a buscar a deus e abandonar os ídolos.
A geração do vinho novo vai trazer milhares de vidas ao arrependimento.

b) Prepara o povo para a batalha (1 Samuel 7:5)
Samuel preparou o povo para a grande batalha contra os Filisteus.
A geração do vinho novo vai preparar o povo para a batalha contra as obras das trevas e levar muitos a vitória.

c) Conquista a batalha no reino do espírito (1 Samuel 7:10)
Samuel sabia qual era a sua função e por isso sacrificou e batalhou no reino espiritual.
Seu povo conquistou a vitória graças ao seu discernimento espiritual.
A geração do vinho novo vai ganhar batalhas contra as trevas.

d) Leva o povo a um tempo de vitória e paz (1 Samuel 7:13)
Durante toda a vida de Samuel o povo nunca mais foi molestado pelos Filisteus.
Samuel representa um novo tempo para os Israelitas.
A geração de Samuel será uma geração que vai conquistar territórios e trazer um tempo de paz.

Conclusão:

a) Qual é o ministério que você está desenvolvendo: de Eli ou de Samuel?
 

- Você faz parte da geração do vinho novo ou ainda é vinho velho?
- Hoje é dia de você fazer parte da geração do vinho novo.
- Jesus transformou água em vinho. Se até aqui você foi só água, agora deixe Jesus te transformar em vinho novo.

domingo, 2 de dezembro de 2012


Estudo Biblico Libertos do
Pecado  Evangélica Gospel


Libertos do Pecado


Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. João 8:34.

Irmãos, vamos juntos analisar sobre a escravatura do pecado e como Deus em Cristo nos libertou. Todo ser humano que nasce neste mundo é uma criatura pobre e cega, ainda que possua todos os recursos deste mundo, no qual o seu curso o reprova para o céu. Todos são nascidos em pecado, cercados de pecadores, vivendo em uma constante atmosfera de fraqueza, enfermidade e imperfeição e com isso, não podemos formar senão os mais inadequados conceitos sobre a hediondez de pecado. Nenhum pecador dispõe de prumo para sondar o pecado, nem mesmo de uma medida pela qual possamos aquilatá-lo. O homem caído, não tem noção do quão vil é o pecado aos olhos de Deus, cujas obras são absolutamente perfeitas. Então irmãos, fixemos na mente, com firmeza, que o pecado é aquela coisa abominável a qual Deus aborrece e que Deus é “tão puro de olhos que não pode ver o mal”. Todos os pecadores sem a regeneração irão para um lugar onde nunca “morre o verme, nem o fogo se apaga”. Os perversos serão lançados no inferno. Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus. Onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. Salmos 9:17 e Marcos 9:48.

Essas são, realmente, palavras tremendas, quando consideramos que foram escritas no Livro do Deus misericordiosíssimo! Nenhuma prova da amplidão do pecado é tão avassaladora e incontestável como a cruz da paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, bem como toda a doutrina de sua substituição e expiação. Terrivelmente grave deve ser a culpa que não pode ser satisfeita por coisa alguma, senão pelo sangue do Filho de Deus. Pesadíssima deve ser a carga do pecado humano que fez Jesus gemer a suar gotas de sangue na agonia do Getsêmani, e clamar no Gólgota: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mateus 27:46b.

O pecado é tão tênue que podemos ver isso até mesmo na tendência que os crentes têm de permitir que seus filhos se ocupem com práticas duvidosas, fechando os olhos para as inevitáveis conseqüências do amor ao dinheiro, falta de seriedade diante da tentação e a permissão de baixos padrões de vida cristã. Temo que não percebemos de modo suficiente a extrema sutileza da nossa doença de alma. O problema maior do ser humano é a sua alma. Ela é relutante aos propósitos de Deus. A alma sempre teve o desejo de ser independente, e ela é capaz de passar por cima de tudo e de todos para a realização de seus propósitos. Mas ela está doente. Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Isaías 1:5b.

Uma alma enferma não pode ter a dimensão exata do pecado e seu poder destruidor. Uma cabeça doente não percebe que a tentação do pecado raramente se apresenta diante de nós em suas verdadeiras cores, dizendo-nos: “Sou o teu inimigo mortal e quero arruinar-te para sempre no inferno”. Claro que não! O pecado aproxima-se de nós à semelhança de Judas, com um beijo ou como Joabe, com mão espalmada e palavras de lisonja. O fruto proibido pareceu tão bom e desejável para Eva e, no entanto, fez ser expulsa do Éden. O pecado raramente parece ser pecado quando está no início. Por esta razão, vigiemos e oremos para que não caiamos em tentação. Podemos disfarçar a iniqüidade com nomes suaves, mas não podemos alterar sua natureza e caráter aos olhos de Deus. Lembremos de Hebreus 3:13 Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.

Irmãos observem quão profundamente deveríamos ser gratos pelo glorioso Evangelho da graça de Deus. Há um remédio revelado como específico para a necessidade humana, tão abrangente, extenso e profundo quanto a doença do homem. Não precisamos temer olhar para o pecado estudando a sua natureza, origem, poder, extensão e vileza, se ao menos contemplarmos, ao mesmo tempo, a todo-poderosa medicação que nos foi provida na salvação que há em Cristo Jesus. Pois sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim não sejamos mais escravos do pecado. Romanos 6:6(LH).

Cumpre-nos depender do fato de que as pessoas jamais virão a Jesus e com Ele ficarão, vivendo para Ele, a menos que realmente saibam por qual motivo vieram, e qual é a grande necessidade deles. Aqueles que foram atraídos e mortos na cruz com Jesus são aqueles a quem o Espírito Santo convenceu de pecado. Sem uma completa convicção de pecado, pode parecer que os homens estejam vindo a Jesus, seguindo-O durante certo período de tempo, mas não demorarão a voltar-Lhe as costas, retornando ao mundo. Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. Isaías 1:4.

Tenha certeza de uma coisa, se você tomar posição como defensor dessas grandiosas verdades, será taxado de mente fechada, intolerante, antiquado e fóssil teológico! Basta que você cite algum texto da Palavra de Deus para que digam que a verdade toda não está confinada às páginas de um antigo livro judaico e que a livre investigação tem descoberto muitas coisas desde que a Bíblia foi terminada. Pelo que, como a língua de fogo consome a estopa, e a palha se desfaz pela chama, assim será a sua raiz, como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel. Isaías 5:24.

Precisamos perguntar a esses que rejeitam a Palavra de Deus, se a incredulidade deles irá consolá-los no dia da enfermidade, na hora da morte, à beira do leito de pais moribundos, ao lado do sepulcro de uma esposa ou de um filho amado. Precisamos perguntar-lhes se um zelo nebuloso, sem qualquer doutrina definida, é capaz de infundir-lhes paz em ocasiões como essas. Precisamos desafiá-los a dizer se algumas vezes não sentem “algo” que os rói por dentro e que toda a livre investigação, filosofia e ciência do mundo não conseguem satisfazer-lhe. Então, precisamos informá-los que esse “algo” que os rói por dentro é o senso de pecado, de culpa e de corrupção que estão deixando fora de seus cálculos. E, acima de tudo, devemos dizer-lhes que coisa alguma será capaz de lhes conferir descanso, senão a fé naquele bendito sacrifício realizado por Cristo na Cruz. Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Colossenses 3:3-4.

Irmãos, uma criança pequena com facilidade é aquietada com brinquedos coloridos e atraentes, com bonecas e chocalhos, enquanto ela não sente fome. Porém, uma vez que ela sinta no estômago as exigências da natureza, poderá se satisfazer somente com alimento. Sucede exatamente isso às almas humanas. Músicas, flores, velas, incenso, pendões, cortejos, belas vestimentas, confessionários e cerimônias arquitetadas pelo homem podem servir de paliativos sob certas circunstâncias e condições. Porém, uma vez que o indivíduo “desperte e se levante dentre os mortos”, nunca mais se contentará com essas coisas. Elas parecerão baboseiras solenes e um grande desperdício de tempo. Uma vez que o homem enxergue o seu pecado, só se aquietará ante a visão do Salvador. Ele se sente ferido por uma doença mortal e coisa alguma é capaz de satisfazê-lo, senão o Grande Médico da alma. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades. Salmos 103:3. Estamos vendo neste últimos dias e com triste convicção, que o padrão de vida diária entre os cristãos professos está baixando cada vez mais. Devemos retornar a “veredas antigas”. Precisamos assentar aos pés do Senhor para que Ele acenda a chama do primeiro amor em nossos corações, pois é desta maneira que vamos compreender que Jesus está muito apegado a nós do que supúnhamos, seremos levados a confiar, a crer e a nos aproximar mais dEle. É em nossa contemplação do Senhor que Ele vai nos transformar a cada dia. 2 Coríntios 3:18 E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. Amém.

Estudo Biblico Ovelha Perdida Evangélica
Gospel


Ovelha Perdida


Então Jesus contou esta parábola: Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida.” Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender. (Lucas 15: 3-7, NTLH)

A parábola da ovelha perdida, assim como a parábola da dracma perdida e a do filho pródigo, possui como tema central o amor de Deus pelos pecadores e o seu desejo de que eles se arrependam e desfrutem de uma nova vida em Cristo Jesus.

A ovelha perdida representa o ser humano que, por algum motivo, não se encontra no aprisco do Pastor. A parábola não diz se a ovelha pensou que poderia existir um aprisco melhor ou se algo a fez pensar que aquele aprisco não era o seu lugar. E realmente saber isso não importa, o que é preocupante é que a ovelha está desprotegida e fora da proteção, cuidado e amor de seu Pastor. 

Quando uma ovelha se perde, é possível conjecturar que ela pode estar ferida, doente, com saudades do alimento e cuidado que recebia no aprisco, mas, sem forças e desorientada demais para voltar para lá. Assim também é com quem se desvia dos maravilhosos planos de Deus. Ferida com magoas, doente pelos pecados, com saudades de ouvir uma palavra viva e eficaz, mas sem forças e orientação de como voltar a comunhão com o Pastor de sua alma.

Mas na parábola, quando o Pastor (que representa o próprio Jesus), olha para as noventa e nove ovelhas do aprisco e percebe que uma está faltando, ele deixa as noventa e nove e vai procurar a que se perdeu. Essa atitude não revela desprezo pelas noventa e nove, pois elas continuariam seguras e bem cuidadas no aprisco, mas, sim, que, apesar do Pastor ainda ter muitas ovelhas e estas poderem se multiplicar no futuro, Ele, por seu amor, não abre mão de nenhuma delas. 

O Pastor procura a ovelha e quando a encontra tem duas atitudes: alegra-se e carrega a ovelha em seus ombros. Veja que Ele não foi na direção dela e lhe deu umas cajadadas ou lhe falou palavras ruins, mas tão somente se alegrou e a carregou sobre seus ombros e voltou ao aprisco regozijando porque a ovelha perdida agora estava recuperada.

A Parábola não diz o seu estado da ovelha, mas ao dizer que ela era levada sobre os ombros de seu dono, podemos conjecturar que estava frágil e precisando de cuidados e de que esses foram prestados.

Talvez o leitor (a) seja uma ovelha perdida que está com saudades do aprisco do Senhor. Saiba que hoje o Senhor Jesus, o nosso Pastor, te encontrou, está alegre por isso, e quer te carregar nos ombros Dele de volta para o aprisco.

Aceite seus cuidados e se renda por completo ao amor Dele. Há tempo para ser resgatada, mas não há mais tempo a perder!

Confesse seus pecados ao Senhor Jesus e sacie-se na água da vida, que é Espírito Santo, porque Ele tem uma nova história pra você.

Procurarei as ovelhas perdidas, trarei de volta as que se desviaram, farei curativo nas machucadas e tratarei das doentes. (Ezequiel 34: 16, NTLH)

Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; orem ao Senhor enquanto ele está perto. Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os seus maus pensamentos! Voltem para o Senhor, nosso Deus, pois ele tem compaixão e perdoa completamente. (Isaías 55: 6-7, NTLH)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Estudo Biblico A
Importância de Viver Pela Fé  Evangélica Gospel


A Importância de Viver Pela Fé


A primeira vez que vemos essa afirmação: “O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” é em Habacuque 2:4. O contexto era de opressão e medo, ilegalidade e imoralidade. Os últimos quatro reis de Israel haviam sido homens ímpios que rejeitaram a Deus e oprimiram seu próprio povo. A Babilônia tornava-se a maior potência mundial e Judá logo sentiria sua força destrutiva.

“Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para asalvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Romanos 1:16,17

Foi através desses versículos, lidos acima, que Matinho Lutero conseguiu entender que a salvação não vem através de obras e nem de méritos pessoais, mas da exclusiva graça de Deus, recebida através do evangelho, que transforma a vida dos ouvintes.

Alguém já disse que se a Bíblia se perdesse e se salvasse apenas o livro de Romanos, já se teria uma idéia do plano de Deus para a humanidade: a salvação das almas, através da obra vicária de Jesus Cristo, na cruz do calvário.

O livro de Romanos, escrito por Paulo, sintetiza de uma maneira maravilhosa a graça de Deus sobre a humanidade, o pecado generalizado, suas conseqüências, e a forma sábia que Deus usa para levar os homens a receberem a salvação, a serem redimidos, justificados, santificados, para um dia viverem com Ele na sua glória.

A grande ação de Deus que é inexplicável para a mente natural: Como pode um Deus justo, salvar um pecador, sem que ferisse a sua santidade? Como ser justo e ao mesmo justificador? Paulo descreve a solução de Deus para uma humanidade perdida, provendo um salvador e ao mesmo tempo sendo justo. “…pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3:23-26

Fé é crer que o sacrifico de Cristo é suficiente para a salvação.

A fé é simplesmente crer que somente e tão somente o sacrifício de Cristo é capaz de nos salvar.

Isso realmente exige fé. Pois você é convidado para jogar fora qualquer esforço para conseguir a salvação por seus próprios méritos.

Fé é crer que o sacrifício de Cristo é perfeito para a Salvação.

O ser humano sempre tenta melhorar um pouquinho aquilo que Deus já fez de forma perfeita. Mas o sacrifício de Cristo é perfeito. Não precisa ser melhorado.

Fé é crer que o sacrifício de Cristo foi único. Não é preciso outro sacrifício. Cristo morreu de uma vez por todas: Hb 9.11-12.

Charles Spurgeon compara A Salvação pela Graça com uma criança a qual você oferece uma fruta. Ela estende a mão para recebê-la porque você a mostrou e prometeu-lhe dar. “Aquilo que a mão da criança é para a fruta é a sua Fé para a Salvação perfeita de Cristo. A mão da criança não faz a fruta, nem a melhora, nem a merece, toma-a simplesmente.”

Fé é crer que a Obra de Cristo é a base da Salvação

A base da nossa salvação é a obra consumada de Cristo.
Há uma história que ilustra isso. Um homem morreu e foi para o céu. Perguntou-lhe o anjo: porque devo deixar você entrar aqui? A resposta correta: porque Cristo morreu por mim.

Lembremos que somos salvos pela Graça. Então, a Fé não é a causa da Salvação, mas o meio pelo qual nos apropriamos dela. Somos salvos pela Graça de Deus, mediante a Fé em Cristo: Ef 2.8.

Fé é a mão vazia, o meio pelo qual se recebe a graça de graça. Para você receber essa graça é necessário esvaziar a mão. Se a mão estiver cheia, é impossível receber o presente de Deus. Fé é o esvaziar-se do eu.

Calvino dizia que a Fé é um vaso: “a menos que esvaziemos e abramos a boca da alma para a Graça de Cristo, não seremos capazes de recebê-Lo.”

"E é evidente que, pela Lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela Fé." Gl 3.11

A Fé é indispensável a todos que se doam ao Senhor, pois sem Fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6)

O que é viver pela Fé?

É "Perder a vida", nisto resume todas as demais definições.

Jesus disse: "... quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á." (Mt 16.25). Este é o grande segredo de viver pela Fé, perder a vida por Jesus! Deixando o pecado, que afasta o homem do Senhor (Gl 5.16-21).

Para viver pela Fé é necessário colocar-se em segundo plano, oferecendo o primeiro lugar para Deus. (Mt 6.33) Esta forma de vida, adquiri-se no convívio diário com o Mestre, observando os seus ensinamentos, desenvolvendo a comunhão, a justiça, o amor, a santidade etc. É indispensável ser sensível ao Espírito Santo e ouvi-Lo.

O viver pela Fé é uma realidade tão necessária quanto se alimentar; e não é privilégio de alguns, é dever de todos.

Disse Paulo:
"Cristo morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para simesmo... Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa, ascousas antigas passaram e se fizeram novas." (2 Co 5.15, 17)

Se você já é uma nova pessoa, viva diariamente na Fé em santidade e pureza e verás o que Deus faz através de homem que se santifica.

Existe aqueles que enxergam esta situação como uma grande aventura floreada e romantizada, entendem que é preciso abandonar tudo - trabalho, bens, cidade etc.- e ficar esperando confiante na graça de Deus, algo parecido com o acontecido ao profeta Elias, quando foi alimentado pelos corvos (1 Rs 17.1-7 ). É um entendimento errôneo da verdade e vontade de Deus, pois o viver pela fé é para todos, envolve as 24 horas do dia. Não é um mandamento direcionado especificamente a alguns que se acham chamados para o "ministério, obras missionárias, etc". Estes espelham-se em narrativas de homens que viveram uma situação diferente em suas vidas.Muitos descobrem esta realidade um pouco tarde e tornam-se blasfemos, murmuradores diante do Pai.

Lembre-se: "Viver pela Fé é uma questão de vida e é para todos!"

A simples Fé implica uma disposição de alma para confiar noutra pessoa. Difere de credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso.

A Fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como "uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras". A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração.

Moisés subiu ao monte para receber de Deus as tábuas da lei, ele subiu, recebeu, mas quando ele desceu, viu que o povo estava num “bacanal”, estavam na festa ao bezerro de ouro, ou seja Moisés que demorou um pouco alem daquilo que se esperava no monte, a falta de Moisés já foi o motivo de se ter alguma pra pegar, porque Moisés era o canal entre Deus e o povo, de modo que Deus falava a Moisés e Moisés passava o recado de Deus ao povo, no primeiro aparente sinal da perda desse canal, o povo sentiu a necessidade de ter alguma coisa pra representar um Deus; eles tinham a carência de sempre ter alguma coisa representando Deus, eles tinham que de alguma forma tocar em um Deus, sentir esse Deus, porque eles não tinham fé suficiente, apesar de tantos sinais, e maravilhas que Deus já havia feito, eles não tinham a fé de esperar as coisas que não se viam, e não tinham o fundamento de viver pela fé!

Depois que Josué, no limiar da morte, conclamou o povo, a ser fiel a Deus, e só a ele prestar culto na terra que Deus lhe dava, o povo respondeu: “Ao Senhor nosso Deus serviremos e à sua voz obedeceremos” (Josué 24:24). Mas sabemos que logo após atravessar o rio Jordão e tomar posse da terra tão esperada, este povo não demorou a render-se aos encantos dos deuses dos cananeus. Isto mostra que não é fácil, também para nós vivermos a fidelidade a Deus, pois também hoje os deuses falsos nos atraem, e querem ocupar o nosso coração. A obediência sempre foi e sempre será a prova e a garantia da fidelidade a Deus.

Foi pela fidelidade a Deus que Jesus salvou a humanidade, porque fez exatamente o que Adão recusou-se a fazer. Na obediência incondicional a Deus Jesus Cristo desatou o nó da desobediência de Adão e nos reconciliou com o Pai. O profeta afirma que: A obediência é melhor que o sacrifício (I Samuel 15:22). Como agrada a Deus um filho fiel! E o Senhor Jesus disse: “Muito bem servo bom e fiel! Sobre o pouco fostes fiel, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:21). Tudo o que recebemos de Deus nesta vida, é este “pouco” sobre o qual a nossa fidelidade está sendo provada por Deus.

A seguir, veja uma exposição de inúmeros textos bíblicos que abordam esta “condição de vida”, devemos meditar neles e praticá-los.

A Bíblia diz sobre a Fé:

Lc 17.5; Rm 10.17; 14.23; Gl 5.6; Hb 11.1; Tg 2.17; 1Jo 5.4; Mc 11.22; 1Jo 3.23

A fé que cultivamos no Senhor Jesus Cristo e:

- Dom de Deus Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29
- Obra de Deus At 11.21; 1Co 2.5
- Preciosa 2Pe 1.1
- Santíssima Jd 20
- Frutífera 1Ts 1.3
- Acompanhada de Arrependimento Mc 1.15; Lc 24,47
- Seguida pela conversão At 11.21
- Cristo, autor e consumador Hb 12.2
- É um dom do Espírito Santo 1Co 12.9

A Fé é o meio para a:

- Remissão de Pecados At 10.43; Rm 3.25
- Justificação At 13.39; Rm 3.21,28,30; 5.1; Gl 2.16
- Salvação Mc 16.166; At 16.31
- Santificação At 15.9; 26.18
- Luz espiritual Jo 12.36,46
- Vida espiritual Jo 20.31; Gl 2.20
- Vida eterna Jo 3.15,16; 6.40,47
- Descanso no céu Hb 4.3
- Edificação espiritual 1Tm 1.4; Jd 20
- Preservação 1Pe 1.5
- Adoção Jo 1.12; Gl 3.26
- Acesso a Deus Rm 5.2; Ef 3.12
- Herança das promessas divinas Gl 3.22; Hb 6.12
- Dom do Espírito Santo At 11.15-17; Gl 3.14; Ef 1.13
- Possibilidade de agradar a Deus Hb 11.6
- Justificação Rm 4.16
- Aceitação do evangelho Hb 4.2
- Forças para lutar contra as trevas 1Tm 1.18,19; 6.12
- A eficácia do Evangelho na vida do homem 1Ts 2.13
- Necessidade da justificação Rm 10.3,4
- Humildade Rm 3.27
- Amor Gl 5.6; 1Tm 1.5; Fl 5

A Fé na vida do homem produz:

- Esperança Rm 5.2
- Alegria At 16.34; 1Pe 1.8
- Paz Rm 15.13
- Audácia na pregação Sl 116.10 e 2Co 4.13
- Amor a Cristo 1Pe 2.7
- Lugar para Cristo na vida Ef 3.17
- Oração verdadeira Mt 21.22; Tg 1.6
- Sinal claro de novo nascimento 1Jo 5.1
- O homem sem Cristo não a possui Jo 10.26,27

A Fé agindo na vida dos Filhos de Deus deve levá-los a:

- Ser sinceros 1Tm 1.5; 2Tm 1.5
- Abundar, fartos 2Co 8.7
- Continuar firmes At 14.22; Cl 1.23; 1Co 16.13
- Ser fortes Rm 4.20-24
- Sustentá-la conscientemente 1Tm 1.19
- Orar pelo seu crescimento Lc 17.5
- Ter plena certeza 2Tm 1.12; Hb 10.22
- Mostrá-la através dos frutos Tg 2.17,20-26
- Examinar-se e vê se estão na fé 2Co 13.5
- Vencer as lutas e dificuldades Mt 17.20; 21.21; Mc 9.23
- Ser conscientes, o que não é de fé, é pecado Rm 14.23
- Freqüentemente terá a fé testada 1Pe 1.6,7; Tg 1.3

A Fé é uma imposição de Deus na existência dos servos e:

- Garante vitórias 2Cr 20.20; Mc 11.22; Lc 8.50
- Fundamental na vida Jo 6.28,29; 20.27

- Protege-nos Ef 6.16; 1Ts 5.8; 1Tm 1.19; 6.12; Hb 1022
- Indispensável na vida cristã Hb 11.6
- Indispensável na oração Tg 1.5,6
- Unificada ao amor 1Jo 3.23
 
A Fé justifica o homem Hc 2.4; Rm 4.3; 5.1; Gl 3.6; Fp 3.9
A Fé produz bênçãos Mt 8.13; 9.29,30; 17.20; Mc 9.23
A Fé em Cristo, dá-nos a Salvação Jo 3.15; 3.36; 5.24; 11.25; 12.46; 20.31; Rm 10.9

Exemplos de homens que venceram na fé:

- Abraão Gn 22.8
- Calebe Js 14.12
- Jônatas 1Sm 14.6
- Davi 1Sm 17.37
- Josafá 2Cr 20.12
- Jó Jó 19.25
- Paulo At 27.25
- Elias, Jessé, Pedro e muitos outros!
Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque ouço o ruído de abundante chuva. Elias demonstrou que ouvia além dos limites humanos a voz de Deus determinando que a chuva viria mesmo depois de três anos e seis meses sem chover. Leia Tiago 5.17. Fé: é fazer o impossível Lucas 1.37 "porque para Deus nada será impossível. O anjo do Senhor ao anunciar a Zacarias que ele geraria um filho na velhice desafiou o impossível, que era uma mulher já idosa engravidar. Deus faz o que ao homem é impossível. Fé: é ver o invisível; É ouvir o inaudível e fazer o impossível. Viver pela fé é acreditar, ainda que seja absurdo.

Viver pela fé é caminhar com determinação e dependência de Deus. O escritor aos hebreus diz: “Mas o justo viverá da fé se ele recuar a minha alma não tem prazer nele “(Hb 10.38) (diz o Senhor)

Se fizemos uma decisão ao lado Cristo significa que devemos doravante vivermos pela fé que é o firme fundamento das coisas que se esperam, e prova das que não se vêem (Hb11.6). Deus nos conduz ao deserto à semelhança do povo hebreu e nos deixa faltar pão só para provar a nossa fé, mas no momento exato ele entra com providência e nos põe uma mesa no deserto.

Que o senhor nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus, Amém.

Estudo Biblico A Perda dos
Bens Terrenos Evangélica Gospel


A Perda dos Bens Terrenos

Jó 1:13-21


“Nu sai do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21).

INTRODUÇÃO

Imagine um dia que começa como qualquer outro. Você se levanta para ir ao serviço e, chegando na firma, encontra as portas lacradas. A firma fechou, sem aviso. Você, inesperadamente, ficou desempregado. Tendo obrigações para cumprir, você decide ir ao banco para sacar dinheiro e pagar algumas contas que estão vencendo. Mas, chegando ao banco, eles dizem que sua conta foi fechada, sem explicação, e que você não tem nenhum centavo. Você resolve voltar para casa, ainda tentando entender o que está acontecendo. Chegando perto de sua rua, você percebe vários bombeiros e ambulâncias correndo por todos os lados. Seus vizinhos estão na rua, chorando inconsolavelmente. Antes de você chegar até sua casa, um dos vizinhos chama você e fala palavras que jamais esquecerá: “Aconteceu tão rápido”, ele diz, “que não foi possível salvar ninguém. A casa, de repente, explodiu. Todos que estavam dentro morreram. Eu sinto muito. Todos os seus filhos estão mortos.” Alguns dias passam. Você acorda num lugar estranho. Olhando para seu redor, percebe que está num hospital. Você está sentindo dores terríveis, e uma coceira constante. Depois de algumas horas de sofrimento, a enfermeira avisa que está na hora de visita. No seu caso, várias pessoas serão permitidas entrar para visitá-lo. A primeira pessoa que entra no quarto é sua esposa. Precisando muito de uma palavra de consolo e de explicação, você olha para ela com tanta esperança, nunca imaginando o que ela vai falar. Ela chega perto da sua cama e começa a gritar: “Eu não entendo a sua atitude”, ela diz. “Sua fé não vale nada. Você confia num Deus que fez tudo isso? Amaldiçoe o nome de Deus e morra!” Com essas palavras, ela sai do quarto. Enquanto você procura entender tudo isso, chegam alguns amigos seus. São velhos amigos, sempre prontos para ajudar. Agora será consolado! Mas, eles entram no quarto, vêem seu estado crítico e seu corpo desfigurado pela doença, e não falam nada. Ficam com a boca aberta, olhando, mas não acreditam. Depois de um longo período de silêncio, um deles fala: “Você mereceu isso. Você deve ter feito alguma maldade muito grande, e Deus está te castigando. Ele tirou todos os seu bens e matou seus filhos. Ele causou esta sua doença. Ele fez tudo isso porque você é mau!” Você começa discutir quando um dos outros concorda com o primeiro, e depois outro também concorda com eles. Não adianta discutir. Para eles, você é um detestável pecador que deve sofrer mais ainda. De repente, algumas crianças passam no corredor. Você se anima, porque crianças sempre trazem alegria e amor. Mas, estas crianças param na porta, vêem a feiúra do seu rosto e corpo, e saem correndo. “Nunca vi nada tão feio”, uma delas comenta. Esta paráfrase, usada por Dennis Allan, explica que isto pode acontecer com qualquer pessoa. A Bíblia Sagrada mostra que um homem, cuja fidelidade e retidão foi testemunhada pelo próprio Deus, passou por isso, seu nome era Jó. Este homem, fiel e abençoado por Deus, perdeu, num dia só, todas as suas posses e todos os seus filhos. Logo depois, foi atacado por uma terrível enfermidade. A própria esposa foi contra este homem de Deus, e disse: “Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2:9). Os amigos o condenaram e discutiram com ele para provar a sua culpa (a maior parte do livro relata essas discussões – Jó 2:11- 37:24). Todos os conhecidos dele, até as crianças, o desprezaram (Jó 19:13-19). Você sabe qual foi a sua reação? Diz a Bíblia que “Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome  do Senhor” (Jó 1:20,21). Qual seria a nossa reação diante das perdas materiais, filhos, empregados, amigos dignidade, reputação…?  Como devemos nos comportar diante de tais acontecimentos? Nesta Aula, à luz da vida de Jó, estudaremos os princípios bíblicos para o crente lidar com as perdas no decurso da vida.

I. JÓ E A EXPERIENCIA DAS PERDAS HUMANAS

Jó era um homem especial, um exemplo impressionante em sua época e em nosso era. Logo no início do livro, ele é apresentado como homem extremamente correto, inculpável, íntegro, irrepreensível, justo, precavido (”evitava fazer o mal”), reto (”andava na linha”) e temente a Deus (cf Jó 1:1). Duas vezes o próprio Deus afirma que Jó era sem igual: “No mundo inteiro não há ninguém tão bom e honesto como ele” (Jó 1:8; 2.3). Mas, Jó não era ímpar somente em seu caráter. Também, no que diz respeito à prosperidade, ele era aprovado e bem-sucedido em tudo. Jó tinha saúde, família, riquezas e muita gente a seu serviço. Era “o homem mais rico do oriente”: possuía 11.500 cabeças de gado. Mas, em um mesmo dia, no dia do aniversário do seu filho mais velho, Jó recebeu quatro más notícias seguidas, uma imediatamente após a outra. De uma hora para outra, perdeu tudo. As perdas foram provocadas por: calamidades sociais, calamidades sobrenaturais, calamidades meteorológicas e  calamidades físicas. Foi uma experiência altamente bombástica. 

a) Perdas decorrentes de calamidades sociais.

Diz o texto sagrado que era o dia de festa na casa do filho mais velho, ou seja, estava-se no início do turno de dias dos costumeiros banquetes do patriarca. Ao fim desse turno é que Jó incumbia-se de fazer um sacrifício a Deus em favor de seus filhos. Portanto, podemos entender que o dia escolhido pelo adversário era o do começo do turno dos dias, ou seja, o momento mais distante do de maior devoção do patriarca. É sempre assim, o inimigo procura atuar no momento em que estamos mais apegados às coisas materiais, mais distantes da adoração a Deus. É por isso que devemos ser sempre vigilantes e jamais deixarmos de estar em oração e comunhão com Deus (cf. 2Ts 5:17). No momento mais distante da adoração, o adversário, que, na sua mente, entendia que o patriarca servia a Deus unicamente pelos benefícios dEle recebidos (como muitos crentes que servem a Deus, atualmente, por causa da prosperidade material), tratou de, imediatamente, atacar Jó no seu patrimônio, mediante o furto de seus bois e jumentos (Jó 1:14,15). Os sabeus, povo descendente de Cão (Gn 10:7), eram cruéis e sanguinários, tanto que, além de furtarem, mataram todas as vítimas, não deixando nada a desejar em relação aos latrocidas dos nossos dias. Logo percebemos que estas pessoas criminosas são grandes instrumentos do adversário e lhe servem a seus propósitos. Temos, neste episódio, a certeza de que é fundamental a proteção de Deus sobre o patrimônio do ser humano. Mas não foi esta a única calamidade social vivida por Jó. As Escrituras também registram que a terceira má notícia recebida pelo patriarca, naquele dia, foi o roubo de seus camelos por parte dos caldeus (Jó 1:17), que, organizados em três bandos, também mataram a todos os servos, menos o que veio dar a triste notícia para Jó, levando seus camelos, que eram seus animais de transporte. Apesar de toda essa perda, Jó não se revoltou, não se indignou, não ficou clamando por vingança ou postulando a pena de morte para os delinquentes, mas chegou à constatação de que tudo que estava sob o seu domínio era de Deus e que Ele poderia, legitimamente, permitir a sua retirada. Não devemos prender nossos corações nas coisas que possuímos, ainda que angariadas com o suor do nosso rosto, pois “a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12:15b), não sendo nosso propósito ajuntar tesouros na terra, “onde a traça e a ferrugem tudo consomem e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6:19). A reação de Jó foi agradável a Deus, pois diz o texto que Jó não pecou ao assim reagir (Jó 1:22). Será que temos nos mantido sem pecado quando somos, igualmente, vítima dos ladrões? Que, diante das calamidades sociais, possamos, como Jó, não pecar e adorar ao Senhor. 

b)  Perdas decorrentes de calamidades sobrenaturais.

Mal o patriarca recebera a notícia de que havia perdido parte significativa do seu gado por obra dos sabeus, os criminosos de seu tempo, chega outro servo remanescente com a notícia de que o restante do gado havia sido consumido de forma sobrenatural, pois “fogo de Deus caiu do céu e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu” (Jó 1:16). Estamos aqui diante de uma calamidade sobrenatural, ou seja, de uma calamidade que não tem explicações entre os fenômenos da natureza; que a física e, por extensão, a ciência e o conhecimento humano não podem explicar. Quando lemos o livro de Jó, sabemos que foi uma operação satânica permitida por Deus, mas o patriarca nada sabia, assim como, muitas vezes, não sabemos os desígnios divinos em nossas provações. No desespero, o único sobrevivente, um servo de Jó, identifica este fogo como sendo “fogo de Deus”, mas jamais um “fogo de Deus” iria ter uma finalidade destrutiva, iria matar e destruir os bens de um servo fiel ou seus empregados, inocentes que eram diante de seu patrão. O fogo destruidor foi, sem dúvida, uma demonstração inequívoca de poder sobrenatural, de poder acima do poder humano, mas não era de Deus, pois, Deus não veio para matar, roubar e destruir. É preciso termos cuidado com fenômenos sobrenaturais que aconteçam à nossa volta, pois o adversário é especialista em imitar o que Deus faz, como, aliás, dá-nos conta a Bíblia Sagrada (2Co 11:14). 

c) Perdas decorrentes de calamidades meteorológicas.

Mal havia o servo remanescente contado a Jó a perda sobrenatural de suas ovelhas e dos empregados que dela cuidavam, chega a mais dolorida de todas: “um grande vento sobreveio além do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os mancebos, e morreram“ (Jó 1:19). Agora, era um fenômeno meteorológico que ceifava a vida dos filhos de Jó. Apesar de ter perdido seus filhos por causa deste “grande vento”, Jó não fez como muitos que, mesmo desabrigados e necessitados, após estas catástrofes, maldizem e blasfemam do nome do Senhor, literalmente culpando a Deus pelas catástrofes que aconteceram em suas vidas (esquecendo-se, muitas vezes, que elas são resultado de sua própria imprudência e vida desregrada). Em tudo isto, Jó não pecou, não atribuindo a Deus falta alguma. Será que temos agido assim, ou temos feito coro com os desabrigados e necessitados rebeldes, muitas vezes maldizendo a tudo e a todos pelas cenas que presenciamos ou pelo que tenhamos sofrido na própria pele? Mais importante do que um patrimônio, do que os próprios entes queridos que venhamos a perder, está a nossa salvação eterna. Que catástrofes naturais não nos façam perder a salvação e criarmos para nós mesmos uma catástrofe muito maior e, o que é pior, eterna! 

d) Perdas decorrentes de calamidades físicas.

Satanás, mais uma vez, mostra seu engano e Deus, sabedor do que segurava Jó, permite que seja também provado na sua integridade física, na sua saúde. Assim que foi permitido por Deus – Deus não permitiu ao adversário que tocasse na vida de Jó (prova de que só Deus tem o poder sobre a vida de um ser humano) -, o adversário impõe a Jó uma chaga maligna, que o atingiu dos pés à cabeça, uma doença horrível que trouxe grande sofrimento ao patriarca. O texto sagrado afirma-nos que ele mal foi reconhecido pelos seus amigos, o que indica que a doença era deformativa; que a doença atingia a sua pele e que perturbava o seu sono, pois devia haver uma intensa dor. Era algo pior do que um câncer, era como uma espécie de elefantíase, segundo os estudiosos das Escrituras. Se vier sobre nós a prova da doença, a prova da enfermidade, devemos pedir a Deus a cura, mas sempre sabendo que, muitas vezes, não é propósito de Deus nos curar mas, através de nossa doença (e até morte), glorificar o Seu nome através de nós. A doença não é, como muitos andam dizendo por aí, firmados na falsa doutrina da confissão positiva, um sinal de pecado, tanto assim que Jó não tinha pecado e ficou doente, como também não tinha pecado o profeta Eliseu, que morreu de uma doença que teve e da qual não foi curado (2Rs 13:14), como também o próprio cego de nascença, cuja doença foi curada para glória do nome de Deus (Jo 9:1-3). A doença pode ser de causas físicas e naturais, como também, por operação maligna, como no caso de Jó. O fato é que, em havendo a enfermidade, devemos nos manter na disposição do mestre, descansando nEle e não perdendo a fé.

II. A PERDA DOS BENS

Apesar de ser um homem justo e temente a Deus, Deus permitiu que Satanás destruísse o rebanho, as posses, os filhos e  a saúde de Jó. Em um mesmo dia, Jó perdeu: - Todo o gado (7.000 ovelhas, 3.000 camelos, 1.000 bois e 500 jumentos). - Todos os empregados (administradores, agricultores, boiadeiros, cortadores de lã, guardas das torres de vigia, plantadores de capim, roçadores de pastos, tiradores de leite, tratadores de animais, vendedores de gado, etc). Só escaparam aqueles que vieram trazer essas notícias. - Todos os dez filhos (três mulheres e sete homens). Estavam todos comendo e bebendo na casa do irmão mais velho, quando o furacão atingiu a casa e a derrubou sobre eles. No dia seguinte, havia dez caixões de defuntos para Jó enterrar. Jó perdeu todas as suas posses e seus filhos. Apesar de tudo isso, ele recusa-se a negar a Deus, embora não compreenda o porquê de todos estes males. Satanás imaginava que ninguém permaneceria firme na sua devoção e adoração a Deus diante da perda dos bens materiais e, principalmente, dos filhos. Ele estava enganado. Jó passou por toda expressão normal de dor e luto. Ele “rasgou o seu manto” (Jó 1:20), roupa usada especialmente pela nobreza ou por homens em posições elevadas; esta ação talvez simbolizava seu coração quebrantado (veja Jl 2:13). Ele “rapou a sua cabeça” (Jó 1:20) – parte de uma prática comum em rituais de luto, como mostram outros textos (veja Is 15:2; Jr 7:29; Ez 7:18; Am 8:10). Ele “se lançou em terra, e adorou” (Jó 1:20), isto é, ele prostrou-se em uma atitude de humildade e submissão a Deus e continuou a adorá-lo em meio à severa adversidade. Ele disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). Este versículo mostra a completa submissão à vontade de Deus que caracterizava Jó e que é uma marca da integridade fundamental que ele mantinha. Embora essa declaração dos seus lábios possa ser uma “fórmula de submissão”, ela revela Jó engrandecendo a Deus em vez de amaldiçoá-lo ou se rebelar contra Ele. “Em tudo isto” (Jó 1:22) – tanto naquilo que aconteceu a Jó como no que ele disse e fez – não houve qualquer expressão de transgressão: “Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”. Ele não viu em Deus nenhuma ação inapropriada, responsável ou culpável. Jó sobreviveu a todas as intempéries e fazia sua pública profissão de fé: “Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra” (Jó 19:25). Jó é um dos mais notáveis exemplos de resistência frente às vicissitudes pelas quais o ser humano pode passar. Qual deve ser a nossa atitude quando perdermos um bem que consideramos precioso? A mesma de Jó: completa submissão à vontade de Deus. Deus deve ser honrado tanto nos momentos de desgraça como nos momentos bons. Devemos nos conscientizar que “… nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (1Tm 6:7,8). Portanto, não devemos colocar nosso coração em coisas que terão baixa durabilidade comparada ao tempo que nos está destinado na eternidade. Também é preciso entender o real lugar que os bens ocupam em nosso coração. Se eles ocuparem o lugar destinado apenas a Deus, Deus se encarregará de nos ensinar a finitude dos bens materiais, seja por perda repentina, seja por degradação com o passar do tempo. E Deus fará isso por amor a nós, para que nos lembremos que Ele é o nosso maior bem. O Deus que dá pode também tirar, de acordo com sua sabedoria e vontade.

III. MESMO NA PERDA PODEMOS DESFRUTAR O AMOR DE DEUS

1. Sua Graça. Jesus disse ao  apóstolo Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9). Esse é o grande paradoxo do cristianismo. A força ao dizer que é forte, na verdade, é fraqueza; a fraqueza ao dizer que é fraca, na verdade, é força. O poder de Deus revela-se nos fracos. Paulo pediu para Deus substituição, mas Deus lhe deu transformação. Deus não removeu sua aflição, mas lhe deu capacitação para enfrentá-la vitoriosamente. Deus não deu explicações para Paulo, fez-lhe promessas:”A minha graça de basta“. Não vivemos de explicações, vivemos de promessas. Nossos sentimentos mudam, mas as promessas de Deus são sempre as mesmas. O apóstolo se contenta com a resposta do Senhor e declara: “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo“. Em vez de murmurar e se queixar do espinho na carne, ele se gloriaria nas fraquezas. Dobraria os joelhos e agradeceria ao Senhor por elas. Suportaria de bom grado, desde que o poder de Cristo repousasse sobre ele. O sofrimento do tempo presente não é para se comparar com as glórias por vir a serem reveladas em nós (Rm 8:18). A nossa leve e momentânea tribulação produz, para nós, eterno peso de glória (2Co 4:17). Aqueles que tem a visão do Céu são os que triunfam diante do sofrimento. Aqueles que ouvem as palavras inefáveis do paraíso são aqueles que não se intimidam com o rugido do leão. O sofrimento é por breve tempo, o consolo é eterno. A dor vai passar, o Céu jamais! A caminhada pode ser difícil, o caminho pode ser estreito, mas a graça de Cristo nos basta. 

2. Seu amor. Ainda que percamos os mais preciosos bens, podemos desfrutar do amor de Deus. Deus é amor (1 João 4:8b) e, portanto, tudo o que faz em relação ao homem e a todos os demais seres do Universo é fruto deste Seu caráter amoroso. O amor de Deus não tem limites e não podemos, portanto, medi-lo de forma racional, mas somente através de uma experiência direta com o Senhor (Ef 3:17-19), ainda que, muitas vezes, queiramos limitar o amor de Deus segundo os nossos conceitos e as nossas experiências com Ele. É no momento da luta, da dificuldade, do problema insolúvel, que vemos quão grande é o amor de Deus que está em Cristo nosso Senhor! Quando o Senhor nos coloca no meio do fogo, no meio das águas e nós, apesar de todo o calor, de todas as ondas, sentimos que não podemos, em absoluto, caminhar, mas, então, vemos que o Senhor, embora tenha permitido que ali estivéssemos, vem com Sua forte mão nos socorrer, nos amparar e nos levar até o porto seguro. É nesse momento que presenciamos que o Senhor está no absoluto controle de todas as coisas e que todas as coisas que estão acontecendo, embora pareça serem danosas para nós, embora sejam, efetivamente, doloridas e amargas nesse momento, estão dentro de um propósito de Quem nos ama, de Alguém que não quer nos destruir, mas nos aprimorar, de Alguém que quer aprofundar Seu relacionamento conosco. A provação é uma demonstração do amor de Deus, é uma prova de que o nosso Deus é um Deus presente, um Deus que tem prazer em fazer que o homem cresça espiritualmente, vá de glória em glória e siga sempre para a infinita caminhada em busca da perfeição espiritual. Ao contrário dos deístas, vemos que o nosso Deus não nos abandonou após a criação nem nos deixa à própria sorte, submetidos a leis por Ele estabelecidas para a ordem cósmica, mas é um Deus que, embora tenha criado leis para este Universo, é humilde e amoroso o suficiente para vir até o nosso encontro, inclinar-se para nos ouvir e estar ao nosso lado no difícil, mas importante, processo de crescimento e desenvolvimento espiritual. Ele faz isto porque nos ama, porque quer o nosso bem (Rm 8:28). 

3. Deus intervém na história. A Bíblia Sagrada está repleto de fatos que mostram que Deus é o ser soberano que intervém na história da humanidade. “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade“ (Is 46:9,10). A intervenção de Deus na história da humanidade é bastante notória. Infelizmente há muitos que não enxergam essa realidade. Os chamados “deístas”, ou seja, aquelas pessoas que aceitam a existência de Deus (ou de um “deus”), não acreditam que haja intervenção divina no processo histórico da humanidade. Eles afirmam que Deus é simplesmente como um relojoeiro que, depois de criar seu mecanismo, deu “cordas e o abandonou à mercê do destino”. Todavia as evidências mostram que eles estão equivocados, pois Deus se preocupa, sim, com o processo histórico da humanidade. Em todas as dispensações Deus interveio na história da humanidade; a Bíblia está repleto de fatos. Ele intervém tanto há história geral (João 3:16,17), envolvendo toda a humanidade, como também na individual (Sl 8:3,4; João 9:1-41) de cada pessoa, trazendo consolo, esperança e paz (Tt 2:11-14). Deus interveio na vida de Jó. Depois de grandes e significantes perdas, angústias, dores e sofrimentos indescritíveis, o patriarca foi miraculosamente restaurado, enquanto orava por seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía (Jó 42:10). Ele morreu velho e farto de dias (Jó 42:17). A restauração das riquezas de Jó revela o propósito de Deus para todos os crentes fiéis. Deus nunca permite que o crente sofra sem um propósito espiritual, embora talvez ele não compreenda por que. Nesses casos o crente deve confiar em Deus, sabendo que Ele, na sua perfeita justiça, fará o que é sempre melhor para nós e para seu reino. Por maiores que forem as aflições ou dores que os fiéis tenham que passar, Deus, no momento certo, estenderá a mão para ajudar os que perseverarem, concedendo-lhes cura e restauração totais. “Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5:11).

CONCLUSÃO
A sucessão impiedosa dos acontecimentos que levaram Jó à ruína são a demonstração de que tudo o que somos e tudo o que temos depende da indispensável proteção divina. Foi Deus permitir que o adversário atingisse Jó, que tudo, num só dia, foi destruído. Que tenhamos sempre em mente que nada do que somos ou do que temos depende de nós, mas é uma concessão da vontade de Deus. Daí porque ter Jeremias se expressado em suas lamentações: ” as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lm 3:22a).