quarta-feira, 13 de junho de 2012


O Verdadeiro Perdão Nos Restaura




Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. Colossenses 3:13.

O perdão é o caminho da restauração de Deus em nossa vida. E para todos aqueles que nasceram de novo a Bíblia diz que temos de perdoar como Deus em Cristo nos perdoou. O perdão de Deus para nós é um perdão ilimitado. Deus nos perdoa e nos perdoa completamente. As Escrituras relatam que Deus perdoa totalmente, e Ele não se lembra mais das nossas faltas e das nossas transgressões. Ele desfaz o nosso pecado como a névoa. Ele afasta nosso pecado como o Oriente se afasta do Ocidente. Deus lança os nossos pecados nas profundezas do mar e deles nunca mais se lembra. Alguém disse que Deus joga nossos pecados nas profundezas do mar e coloca uma placa com os seguintes dizeres: “É proibido pescar aqui!” Vamos ler Miquéias 7:18-19. Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

Uma coisa é falar sobre perdão e outra coisa é praticar o perdão. Perdoar não é uma coisa simples, nem fácil, mas é necessária. Sabe por quê? Porque nós temos a capacidade de decepcionar as pessoas e as pessoas têm a capacidade de decepcionar-nos. Nós ferimos as pessoas, e as pessoas nos ferem. As pessoas têm a capacidade de roubar a nossa alegria, machucar-nos e ferir-nos. E isso transtorna muitas vezes a nossa vida. Não há vida saudável sem o exercício do perdão. Não há vida alegre, plena, abundante, sem o exercício do perdão. Você já perdoou aqueles que lhe ofenderam? Que te feriram? Que te magoou? Que te fizeram sofrer? Que disse todo mal contra você? Precisamos entender que o perdão não se encontra na pessoa perdoada, mas na que perdoa. É um ato da graça. Se fomos perdoados e salvos, foi totalmente pela graça de Deus. Imagina se Deus nos tratasse segundo nós merecíamos. Mas Ele nos trata baseado em sua misericórdia e graça. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Salmos 103:10.

Cristo nos ensinou a perdoar, perdoando os seus malfeitores. O caminho que Jesus nos mostrou para seguirmos é quando formos injuriados, não injuriar e, quando alguém nos ferir, não ameacemos, mas devemos entregar àquele que julga corretamente. Cristo estava disposto a ser injuriado sem dar o troco. Os anjos no céu estavam a postos, esperando uma palavra de seus lábios, para punirem seus atormentadores e livrá-lo de suas artimanhas. Mas Cristo estava disposto deixar que o Pai cuidasse daquilo. Jesus optou por confiar seu caso à Suprema Corte, crendo que a justiça seria distribuída com precisão. Portanto a nossa capacidade de perdoar baseia-se no perdão divino. O motivo pelo qual podemos perdoar muito é porque Deus nos perdoou muito. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades. Salmos 103:3. 

Muitas pessoas denominadas “evangélicas” estão paralíticas em suas emoções por causa da falta de perdão. Por terem sido duramente desapontadas ou injustiçadas, principalmente no relacionamento com as demais pessoas, mergulharam num lodaçal de mágoa, amargura e ressentimento. Em conseqüência disto, se tornaram pessoas críticas e murmurantes. Não é preciso que os nossos pés estejam presos em correntes para sermos escravos, a falta de perdão é uma terrível forma de aprisionamento. Que qualidade de vida pode ter uma pessoa que mantém prisioneira em seu coração alguém que lhe traiu? Odiar, desejar o mal, a morte e toda a desgraça possível contra alguém que nos decepcionou profundamente, ajudará em alguma coisa? Será que a vingança tem poder de trazer alívio para uma alma tomada pelo câncer da falta de perdão? Ao contrário de trazer qualquer espécie de melhora, estes sentimentos baixos, colocam a pessoa que não perdoa debaixo de tortura angustiante. A falta de perdão esmaga a sua própria vítima roubando-lhe toda a motivação do seu viver. É digna de dó aquela pessoa que está algemada por este sentimento caído. Mas se somos regenerados, o que nos impede de perdoar? Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14.

O crime mais bárbaro, injusto e hediondo já registrado na humanidade aconteceu no ano 33 desta era. Crucificaram, sem piedade alguma, o Justo de Deus. Aquele que nunca pecou foi humilhado, espancado, ultrajado e, por fim, levado para morrer de um modo horrendo. Pendurado numa cruz, ferido e abandonado por todos, agonizava em dores atrozes. Todo requinte de maldade, perversidade e malignidade humanas foram usadas contra o Santo. Diante deste cenário, precisamos lembrar quais foram às últimas palavras do Senhor Jesus, antes de render o Seu Espírito: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. Lucas 23:34a. Enquanto que os carrascos, autoridades religiosas e o povo escarneciam do Mestre, a doce súplica por perdão chegava ao coração do Pai celestial. Que contraste incrível encontramos nesta cena. Os homens derramavam todo o seu ódio contra o Senhor, contudo, o Filho de Deus manifestava toda a plenitude de Seu amor. E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados. Apocalipse 1:5.

Alguém certa vez disse com muita sabedoria: “Perdão é o perfume da violeta no calcanhar que a esmaga”. O sândalo (árvore da Índia) nos ensina a viver. “Perfuma a quem o fere”. Por causa do meu pecado, toda ira de Deus foi derramada sobre Jesus. Este amoroso Senhor entregou-se voluntariamente para ser esmagado por causa da malignidade de meu pecado. Cristo carregou sobre Si toda a culpa da minha iniqüidade. Nesta Pessoa gloriosa, sou plenamente perdoado. A base eterna do perdão oferecido pelo Senhor, encontra-se, em Jeremias 31:34b. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.

A causa de muitas doenças psicossomáticas tem a sua origem na falta de perdão. São pessoas que tem o conhecimento de que foram perdoadas em Cristo, contudo, não perdoam. Muitos alegam que não podem perdoar porque foram agredidas, humilhadas e ultrajadas. Elas não podem perdoar porque a dívida é muito grande. A conversa sempre é assim: “Como eu sofri, como eu fui humilhado, como pisaram em mim, como me injustiçaram, e vocês tem que me dar razão”. Irmãos, Cristo morreu na cruz para nos perdoar totalmente e plenamente. Porque quando Jesus morreu na cruz, Ele nos incluiu na Sua morte, por isso, morremos junto com Ele, para vivermos uma vida de celebração e de alegria diante do Senhor e dos homens. Por essa razão o apóstolo Pedro mostra que os filhos de Deus devem seguir as pisadas de seu Mestre. Está escrito, em 1 Pedro 2:21-23 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.

A falta de perdão deve ser encarada como pecado contra a santidade de Cristo. É uma afronta ao sacrifício perfeito do Senhor Jesus. Uma pessoa que recusa a perdoar desconhece completamente o significado da obra do Calvário. Está cheia de si mesma e de direitos, que não consegue enxergar o abismo em que se encontra. Que pecado alguém poderia cometer contra mim que pudesse ser maior do que o meu próprio pecado diante de Deus? É por isso que o nosso Pai celestial não está procurando pessoas cheias de virtudes cristãs, Ele busca ansiosamente ver o Seu Filho revelado e sendo formado em cada um de nós. Portanto, com a vida de Cristo habitando e crescendo em nós, somos livres para perdoar, assim como Deus já nos perdoou em Cristo. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Efésios4:32. Amém.
|  Autor: Claudio Morandi

Coração Para Obedecer e Não Olhos Para Julgar


Não julgueis, para que não sejais julgados. Mateus 7:1

Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Lucas 6:37

         O Senhor Deus, em toda sua benignidade e grandeza, nos deu todo o poder, menos o de julgar.
         Certa vez, ouvi um Profeta do Senhor dizer que não existe uma Igreja perfeita. A Igreja é feita de homens e como tais, somos falhos. Estamos sendo curados, libertos, restaurados, e no decorrer deste processo, cometemos muitos erros e muitas vezes até caímos, mas existe um Pai, Criador dos céus e da terra que nos levanta.
 
Eu sou o Senhor, Deus de toda a humanidade. Existe coisa demasiadamente difícil para mim ? Jr 32:27

         Diante desta cura diária que estamos vivendo, temos que estar muito atentos para não nos desviarmos de nosso objetivo que é JESUS CRISTO.
         Um dos alvos de Satanás dentro da Igreja, é fazer com que desviemos nosso olhar, tirando os nossos olhos de JESUS nos fazendo olhar para o homem, e isso é um campo extremamente perigoso.
         A Bíblia diz que nossa luta não é contra o sangue e tampouco contra a carne (Efésios 6:12), mas Satanás usa de artimanhas e de toda sua sutileza para nos convencer que nossa luta é contra aquilo que estamos vendo, ou seja, contra o sangue e a carne. Desta forma nossa luta acaba sendo contra o próprio homem, olhando e julgando suas ações, geralmente de nossos líderes espirituais, visto que estes estão em maior evidência.
         Quando Satanás consegue nos levar para esse campo, então coloca em prática a segunda fase de seu plano, ou seja, um tremendo roubo em nosso ministério.
         Nesse campo, apesar de ainda continuarmos na Igreja, congregando, buscando a Deus, porém estamos ali continuamente julgando nossos irmãos, nossos líderes, etc..., então nos abrimos para mais uma ação do maligno, a rebeldia.
         Nesta fase passamos a ir menos a Igreja, buscamos outras coisas, até outras Igrejas, e não nos apercebemos o tamanho do roubo que estamos sofrendo por Satanás.
         O ladrão, vem somente para roubar, matar e destruir... Jo 10:10
         Muitas vezes podemos ver nossos irmãos ou líderes errarem, mas Deus não nos deu o poder de julgá-los, ao invés, Deus nos pede para suportá-los em amor, e a primeira ação desse suporte tem que ser a oração, esse é o momento de orarmos muito mais, de clamarmos muito mais pela situação e pela vida deles.
         Se Deus está permitindo enxergarmos situações assim, certamente é porque Ele espera de nós uma ação de amor, pois se somos membros de um corpo, somos obrigados a cuidar uns dos outros.
         Será que se nossos pés estiverem com alguma enfermidade, nossas mãos os julgarão por isso ?
         Certamente que não, e glórias a Deus que elas nem tem condições para isso, pois a função delas é outra. Se nossos pés estiverem enfermos, certamente nossas mãos irão tratá-los, pois é o nosso corpo, e os pés são membros de extrema importância, pois sem eles o corpo não anda.
         Será que esse irmão ou esse líder que estamos julgando não é o pé ou cabeça de nossa Igreja ?
         Ao julgá-lo, não estou prejudicando a ele somente, mas todo o corpo, e conseqüentemente a mim mesmo.
         Não esqueçamos que toda autoridade é constituída por Deus (Rm 13:1), quanto mais as autoridades espirituais, os ungidos do Senhor.
         Portanto amados, TENHAMOS UM CORAÇÃO PARA OBEDECER E NÃO OLHOS PARA JULGAR.


O Namoro e a Batalha Espiritual


Vamos meditar nesta oportunidade em mais um texto bíblico que se encontra em I Ts 4:1-8 que diz:

1) FINALMENTE, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais. 2) Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. 3) Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; 4) Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; 5) Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. 6) Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o SENHOR é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. 7) Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. 8) Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.

Nesta passagem, o Espírito Santo, através de Paulo revela a vontade de Deus para rapazes e moças: que todos sejam santos e guardem seus corpos em honra.

Em outra passagem ( I Co. 6:18-20) somos informados que a impureza sexual macula o corpo, que foi concebido originalmente por Deus para ser um templo, onde Ele mesmo habitaria (Gn 1:27).

Assim o período de namoro é o tempo ideal para que moços e moças exercitem a batalha espiritual, mantendo suas mentes e corpos incontaminados.

Tal como Adão que recebeu a incumbência de zelar pelo jardim onde Deus o colocara (Gn 2:15), cada um é responsável por um jardim muito especial que é o seu próprio corpo, o qual deve ser protegido contra todo tipo de invasão.

Qualquer prática contrária aos padrões de Deus enfraquece o muro de proteção ao redor deste jardim (I Tm 1:18-19) e o sujeita a tornar-se um vaso de desonra (2Tm.2:20-22).

A queda de Adão e Eva começou quando eles deram ouvidos à serpente (Gn 3:1-2), ao invés de simplesmente a mandarem embora.

Este é o poder da Sedução: atrair nossa atenção de maneira a suprimir nossa capacidade de julgamento ( Pv.6:27-28; Tg.1:13-15).

E a sexualidade é uma das mais poderosas armas usadas pela Sedução. Portanto, para contê-la é necessária uma arma igualmente poderosa. Esta arma é a decisão pela fé de manter o corpo, a alma e o espírito incontaminados (I Jo 5:4 ; I Ts 5:23).

Esta decisão é mais que um mero posicionamento religioso: é um engajamento em uma feroz batalha espiritual, na qual mentes e corações são, ao mesmo tempo, o campo de batalha e o alvo da conquista (Ef.6:12 ; At.26:18).

I. LIMITES NO NAMORO

Quando dizer sim, quando dizer não.

Os limites no namoro têm duas funções principais: definir e proteger.

Porque dizem quem você é, deixam claro quais suas preferências e expõem de forma honesta sua personalidade à pessoa com quem está se relacionando.

A recíproca é verdadeira: você terá condições de saber com quem está lidando.

Os limites protegem porque o livram de influências e hábitos negativos que o outro, intencionalmente ou não, possa querer impor a você.

Nesse caso, mais uma vez vale o inverso: eles ajudam a corrigir falhas que podem ter sido a causa de seu fracasso em outros relacionamentos.

Os limites podem também auxiliar você a desfazer alguns mitos, como o de que o relacionamento de pessoas com temperamentos opostos tem mais condições de "dar certo" ou de que o namoro é o remédio para a solidão.

Mais importante ainda, os autores esclarecem que não existe a pessoa ideal e perfeita, e sim a pessoa certa, que sabe respeitar os limites.

Estes são alguns dos princípios que ajudarão você a construir um relacionamento saudável:

- A honestidade é a base para qualquer relacionamento, e o namoro não é exceção. Quando se deparar com uma mentira, interprete-a como sinal de aviso.

- A amizade deve ser a base do namoro. O romance às vezes dura pouco. A amizade permanece.

- Não finja gostar do que a outra pessoa gosta, só para ser aceito. Se você deseja ser amado pelo que é seja autêntico.

- Nem pense em levar a sério um relacionamento sem ter um bom sistema de apoio (amigos e igreja). Se você está namorando sem poder contar com alguém, corre grande perigo.

- Aprenda a reconhecer quando o desejo que está alimentado é irrealizável. Esse tipo de esperança adoece o coração.

- Respeite e valorize as idéias, sentimentos e decisões da pessoa que você namora e exija dela o mesmo tipo de tratamento.

- Seja qual for o argumento da outra pessoa, dizer não ao sexo antes do casamento é a única maneira de descobrir se ela respeita ou não os limites.

- Se você está envolvido sentimentalmente com um transgressor de limites, comece hoje a resolver o problema, livrando-se de problemas graves no futuro.

II. Conhecendo nossos adversários

Muitos fracassam na guerra espiritual por desconhecer nossos aliados espirituais, nossas armas de guerra e também nossos adversários. Entenda um pouco sobre nossos inimigos neste material!

Há uma diferença entre batalha e guerra. A batalha é um combate com um propósito específico, em um período ou época.

A guerra é um conjunto de batalhas, com o propósito de tomada de nações, continentes, estados.

No mundo espiritual, entendemos que a guerra existe desde a fundação do mundo, e acabará no final dos tempos, quando Satanás for totalmente aprisionado, com todos os seus demônios. Enquanto isso, se levantam batalhas espirituais, em todo o tempo. Os personagens deste cenário são:

• Eu e você
• Anjos e demônios
• Deus, pois é onipresente e onisciente
• satanás

A Bíblia Sagrada nos revela algumas observações importantes acerca de batalhas espirituais. Observe:

• Batalha Espiritual é Deus derrotando Satanás com o sopro da sua boca (2 Ts 2.8)
• Batalha Espiritual é a luta entre a carne e o espírito (Rm 8.5)
• Batalha Espiritual é a luta entre anjos e demônios (Ap 12.7)
• Batalha Espiritual é pela fé, vencer as aflições do mundo (Jo 16.33)
• Batalha Espiritual é livrar almas da morte (Pv 24.11) 

Muitos crentes assumem o ministério de Batalha Espiritual como se fosse uma responsabilidade dele mesmo. Não é, somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. A Batalha é do Senhor.

O motivo de crentes desistirem do ministério, ou fracassarem na fé, é justamente por isso. Eles querem ver resultados imediatos, e querem fazer de seu jeito. Somos guerreiros, soldados, e devemos estar sob a direção do Grande General de Guerra, para que possamos ter grandes vitórias. E finalmente dizer como Paulo:

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.7)

Medite nestes versículos, e entenda que a Batalha pertence ao Senhor:
• Gn 3.15
• Ex 15.3
• Ex 14.14
• Is 41.10-13

Não existe luta entre Deus e o diabo

E satanás “bate continências” na presença de Deus. Tudo o que ocorre no mundo espiritual está debaixo da soberania de Deus, e o próprio Satanás depende da autorização de Deus para fazer seus atos malignos.

“Ora, chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. O Senhor perguntou a satanás: Donde vens? E satanás respondeu ao Senhor, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela.” (Jó 1.6,7)

Imagine o caos que seria este planeta, se Satanás fizesse tudo o que ele quisesse. Você acha que os aviões se manteriam no ar? Você acha que não haveria uma violência ainda maior do que a existente?

E satanás também é criatura, e seu poder é limitado diante de Deus. Ele é tão pequeno para Deus assim como eu e você o somos. Repito: não existe luta entre Deus e o diabo. Porém, então porque precisamos batalhar?

Então de quem é a luta?

Eis uma boa pergunta. Se Deus não luta contra o Diabo, porque vivemos em batalha? Porque o povo de Deus vive em guerra espiritual? Muitas perguntas, para uma única resposta: A LUTA É ENTRE O HOMEM e satanás.

“Pois a nossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.” (Ef 6.12)

Paulo diz que a luta espiritual é contra nós. Satanás e seus demônios sabem que não podem lutar contra Deus, pois o Senhor tem poder para destruí-los com o sopro de sua boca (2 Ts 2.8). Portanto eles sabem que podem afetar diretamente ao Senhor, quando agridem sua noiva.

A igreja representa a noiva de Cristo, que está temporariamente na terra, sendo preparada pelo Espírito Santo para o grande encontro, o dia do casamento. Enquanto isso o diabo nos ataca, quer nos fazer desistir, ou até nos matar.

Para ele este casamento não pode acontecer. Sim, estamos em batalha, e como bons soldados precisamos estar preparados, devidamente treinados. Fique alerta, o diabo anda ao derredor, buscando quem possa tragar.

Conhecendo nossos inimigos

O Antigo Testamento relata grandes batalhas e jornadas do povo de Israel. Todos estes relatos trazem-nos profundos ensinamentos que devem ser executados em batalha espiritual.

"Enviou-os, pois, Moisés a espiar: a terra de Canaã, e disse-lhes: Subi por aqui para o Negebe, e penetrai nas montanhas; e vede a terra, que tal é; e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se pouco ou muito; que tal é a terra em que habita, se boa ou má; que tais são as cidades em que habita, se arraiais ou fortalezas; e que tal é a terra, se gorda ou magra; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra.

Ora, a estação era a das uvas temporãs." (Nm 13.17-20)

Doze espias foram enviados por Moisés para reconhecer a terra, por orientação do Senhor (Nm 3.2). Deus sabia exatamente o que esperava pelo povo, na terra prometida. Haviam pela frente muitos gigantes, povos bárbaros, porém para a grande conquista era necessário também uma grande luta.

O povo não deveria temer, pois a guerra era de Deus, o próprio Senhor garantiria o povo, mesmo assim Deus ordena que se enviem espias para reconhecer a terra.

Para entrar em batalha, o povo precisou reconhecer exatamente quais seriam os tipos de ameaçar que deveriam enfrentar:

• Qual a qualidade da terra a ser tomada (que tal é)
• Qual o povo que habitava na terra e suas características como guerreiros (se eram fortes ou fracos)
• A quantidade (pouco ou muito)
• A qualidade da terra de habitação do adversário
• Se os adversários habitavam em arraiais ou em fortalezas
• Se a terra é fértil ou não (Se há árvores ou não)

O reconhecimento antes da batalha é uma prática extremamente necessária e essencial. Muitos crentes estão entrando em batalhas espirituais sem conhecer seus inimigos e suas armas. Satanás é astuto, e usa de astutas ciladas.

Devemos conhecer sobre o nosso inimigo. Estudar sobre sua natureza, seus métodos, armadilhas. Quais são seus “poderes”, e até onde vai sua força.

Se não conhecermos nosso inimigo, nos tornaremos alvos fáceis para os dardos inflamados do maligno.

É bem verdade que muitos líderes não ensinam a igreja sobre este importante assunto, sob o argumento que “não perdem tempo falando do diabo”, ou que “o diabo não deve aparecer”. A questão não é essa. 

Como dizia o cantor Raul Seixas: “o diabo nasceu há 10.000 anos atrás”. Os demônios são especialistas em tudo o que você pode imaginar. Eles acompanham o homem há centenas de gerações.

Eu diria que eles são especialistas em antropologia, geografia, história, sociologia, psicologia, etc. Sabem tudo sobre o homem, sabem tudo sobre você. Conheça também sobre ele, e Deus te usará como um soldado classificado para esta batalha.

Não subestime seu adversário

Um dos grandes ensinamentos que qualquer militar aprende é: Não subestime o inimigo. Na segunda guerra mundial, um do motivo de grande desgraça aos norte-americanos foi subestimar os vietnamitas, crendo na sua ineficiência por seu humilde armamento.

Mesmo sem um bom arsenal, os soldados vietnamitas usaram de inteligentes estratégias (astutas ciladas), e se escondendo por túneis e buracos, conseguiram durante muito tempo resistir aos ataques de seus opressores. Deixe-me contar dois fatos, verídicos:

Caso 1:

“Um certo ministro de libertação era usado com grande poder e autoridade na batalha espiritual. Um certo dia, ao expulsar um demônio, o inimigo olhou para ele e disse: me aguarde, eu ainda te pego. E saiu.

Meses depois, este ministro estava na rua, e uma jovem o pediu informações... conversa vai; conversa vem; quando se viu estavam entrelaçados em um hotel.

O ministro distraiu, deu brecha. Em determinado momento, ao beijar a jovem, ela mordeu metade de sua língua, arrancando-a.

No mesmo instante, ela olhou para ele com voz trêmula e disse: EU NÃO DISSE QUE TE PEGARIA!”

Caso 2:

“Certa vez, em uma igreja, um pastor, durante uma libertação, permitiu que o demônio falasse. Então o demônio disse: - Você, pastor, é um adúltero! Estava com uma prostituta ontem, às dez da noite e mentiu pra sua mulher que o carro tinha quebrado.

Realmente no dia anterior, esse pastor estava voltando de uma cidade onde havia ministrado a Palavra de Deus onde muitas pessoas haviam sido tocadas pelo Senhor, aceitando-o como Salvador de suas almas.

O demônio ficou muito irritado pelo sucesso do pastor e fez com que seu carro “apagasse” no meio da estrada, às 22:00h, quando ele ia voltando para sua casa.

O pastor, sem vigiar, ficou irritado e esqueceu de orar repreendendo a ação de satanás sobre a sua vida, o que faria o carro pegar imediatamente, e ficou tentando solucionar o problema com suas próprias mãos.

Chegando em casa uma hora depois do horário previsto, contou a sua esposa o ocorrido. Quando o demônio falou aquilo no culto, acendeu-se a ira da esposa, porque realmente era aquilo que ela pensava (porque o inimigo havia implantado esse pensamento na sua mente).

Resultado: o pastor foi afastado da igreja, a sua esposa pediu o divórcio. Tudo por causa de um demônio de terceira categoria, porém esperto, que soube aproveitar as falhas dessas pessoas.”

E satanás e os demônios são nossos piores inimigos. Você pode crer que eles são fracos, e que são submissos à autoridade do Nome de Jesus.

Eles podem até correr quando olham para você, devido a unção que Deus colocar sobre sua vida, mas não distraia, não subestime.

Nosso inimigo não tem pressa, ele não tem tempo para acabar com sua vida e ministério. Entenda que ele anda ao nosso derredor, esperando uma oportunidade para tragar-nos.

Na maioria das vezes, o pecado abre esta oportunidade, e como você sabe “todos pecaram”.

Para trabalhar em libertação, precisamos saber que estamos envolvidos com uma grande responsabilidade, e manter-nos vigilantes, atentos, para que não caiamos em ciladas do maligno.

III. Como vencer a batalha espiritual

Há dois erros primários quando o assunto é a batalha espiritual: excesso e escassez de ênfase. Há aqueles que, para cada pecado, cada conflito e cada problema põem a culpa nos demônios que devem ser então expulsos. 
Outros ignoram completamente a esfera espiritual, e o fato de que a Bíblia nos instrui que nossa batalha é contra forças espirituais. O segredo do sucesso na batalha espiritual é encontrar o equilíbrio bíblico.

Jesus, algumas vezes, expulsou demônios das pessoas, e algumas vezes, curou pessoas sem mencionar o “demoníaco”. O Apóstolo Paulo instrui os cristãos a começar a luta contra o pecado dentro de si mesmos (Romanos 6), e contra o diabo. (Efésios 6:10-18).

Efésios 6:10-12 declara: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este texto nos ensina algumas verdades cruciais:

1. Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor,
2. É a armadura de Deus que nos protege, (3) Nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.

Um forte exemplo é o arcanjo Miguel em Judas 1:9.

Miguel, provavelmente o mais poderoso de todos os anjos de Deus, não repreendeu Satanás em seu próprio poder, mas disse: “O Senhor te repreenda.”

Apocalipse 12:7-8 registra que no fim dos tempos, Miguel vencerá satanás, Ainda assim, quando se trata de seu conflito com Satanás, Miguel o repreendeu no nome e autoridade de Deus, e não de si mesmo.

É somente através de nosso relacionamento com Jesus Cristo que nós, como cristãos, temos qualquer autoridade sobre Satanás e seus demônios. É somente em Seu nome que nossa repreensão tem algum poder.

(2) Efésios 6:13-18 nos dá uma descrição da armadura espiritual que Deus nos dá.

Devemos resistir firmes com
(a) o cinturão da verdade,
(b) a couraça da justiça,
(c) o evangelho da paz,
(d) o escudo da fé,
(e) o capacete da salvação,
(f) a espada do Espírito e
(g) oração no Espírito.

O que estas peças da armadura espiritual representam para nós em nossa batalha espiritual? Devemos falar a verdade contra as mentiras de Satanás.

Devemos descansar no fato de que somos declarados justos por causa do sacrifício de Cristo por nós.
Devemos proclamar o Evangelho, não importa quanta resistência recebamos. Não devemos vacilar em nossa fé, não importa o quão fortemente sejamos atacados.

Nossa última defesa é a certeza que temos de nossa salvação, e o fato de que as forças espirituais não podem arrancá-la.

Nossa arma de ataque deve ser a Palavra de Deus, não nossas próprias opiniões e sentimentos.

Devemos seguir o exemplo de Jesus em reconhecer que algumas vitórias espirituais são possíveis somente através da oração.

Jesus é nosso principal exemplo para a batalha espiritual. Observe como Jesus lidou com os ataques diretos de Satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.

Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.

Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.

E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam” (Mt 4:1-11).

A melhor maneira de combater Satanás é como Jesus nos mostrou, ou seja, citar as Escrituras, pois o diabo não pode contra a espada de Espírito, a Palavra do Deus Vivo.

O maior exemplo em como não se engajar na batalha espiritual foi o dos sete filhos de Ceva: “E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. 

E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa” (Atos 19:13-16).

Qual foi o problema? Os sete filhos de Ceva estavam usando o nome de Jesus. Isto não é o suficiente.

Os sete filhos de Ceva não tinham um relacionamento com Jesus, e por isso, suas palavras foram vazias de qualquer poder ou autoridade.

Os sete filhos de Ceva confiaram em uma metodologia. Eles não confiaram em Jesus, e não estavam empregando a Palavra de Deus em sua batalha espiritual. Como resultado, receberam uma humilhante surra.

Podemos aprender com este mau exemplo, e conduzir a batalha espiritual da forma como a Bíblia descreve.

Resumindo, quais os segredos para o sucesso na batalha espiritual? Primeiro, confiemos no poder de Deus, não em nosso próprio.

Segundo, repreendamos no Nome de Jesus, não em nosso próprio nome. Terceiro, devemos nos proteger com a completa armadura de Deus. Quarto, nos engajemos na guerra com a espada do Espírito: a Palavra de Deus.

Por último, devemos nos lembrar que mesmo estando na batalha espiritual contra Satanás e seus demônios, nem todo o pecado ou problema é um demônio que deva ser repreendido. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37).

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!

|  Autor: Jânio Santos de Oliveira