quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Evangélicos Não Convertidos

 



               SER EVANGÉLICO, ou melhor, freqüentar igrejas evangélicas continua sendo uma boa opção para muitos. O termo “protestante” está em desuso. Os evangélicos não convertidos ou num lento processo de libertação, que tentarei identificar, odeiam protestar contra qualquer coisa. Quais suas principais características?
Sabem que possuem um conhecimento superficial da Palavra, mas nada fazem para superar essa deficiência. Às vezes, se mostram curiosos por conhecer detalhes da Bíblia - “Quantos anos viveu Moisés?”; “Por que Deus não prende logo satanás e seus anjos?”- mas longe estão de pesquisar e meditar.

São facilmente manipulados pelas seitas; são propensos a acreditar no “outro evangelho”; não conseguiram se libertar da idolatria da igreja tradicional; trocaram as imagens pelos amuletos: um lençol, um cajado, um punhado de sal, um copo dágua.

Mudam com freqüência de igreja. Procuram uma que se adapte ao seu modo de pensar e agir.

São pouco dados à contestação de desvios doutrinários. Alegam que devemos respeitar as opiniões dos outros. Para os pecados, alegam que todos somos pecadores, que ninguém pode atirar a primeira pedra, que Deus conhece nossas fraquezas: “Ele sabe que sou fraco”. São desculpas para o pecado consciente e continuado.

Por não conhecerem a Palavra, não dão o devido valor à defesa dos princípios cristãos, dos valores éticos e morais. Fogem a essas discussões: “Todo mundo faz”; “cada um por si e Deus por todos”; “vivo a minha vida, dou esmolas, vou à igreja aos domingos, dou minha oferta”. Nem fedem, nem cheiram.

Raramente participam dos trabalhos da igreja. Não evangelizam, não freqüentam círculos de oração, não louvam, não pregam, não freqüentam escolas bíblicas.


O nome “evangélico” soa muito bem em seus lábios. Esse vocábulo tem uma sonoridade toda especial. De quando em vez, artistas do rebolado e figuras televisivas se apresentem ostentando a bandeira evangélica.

Satisfazem-se em saber que a mulher do governador é evangélica; o prefeito é evangélico; o deputado tal é evangélico, mas evitam o “desgaste” de afirmar que sua auxiliar doméstica é evangélica. Esta não é sua irmã em Cristo. Não freqüentam a mesma igreja, a igreja da elite. Dizer que o camelô da esquina é seu irmão de fé? Nem pensar.

“Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.8). “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 Jo 3.18).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O NATAL VEIO DO PAGANISMO.

                   E NÃO DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO.
PROVAS NA HISTÓRIA E NA BÍBLIA.

Enciclopédia Católica (edição de 1911): "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal".

Orígenes, um dos chamados pais da Igreja (ver mesma enciclopédia acima): "... não vemos nas Escrituras ninguém que haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram neste mundo".Autoridades históricas demonstram que, durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal. Esta festa só começou a ser introduzida após o início da formação daquele sistema que hoje é conhecido como Igreja Romana (isto é, no século 4o). Somente no século 5o foi oficialmente ordenado que o Natal fosse observado para sempre, como festa cristã, no mesmo dia da secular festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo.

Se fosse da vontade de Deus que guardássemos e celebrássemos o aniversário do NASCIMENTO de Jesus Cristo, Ele não haveria ocultado sua data exata, nem nos deixaria sem nenhuma menção a esta comemoração, em toda a Bíblia. Ao invés de envolvermo-nos numa festa de origem não encontrada na Bíblia mas somente no paganismo, somos ordenados a adorar Deus, a relembrar biblicamente a MORTE do nosso Salvador, e a biblicamente pregar estaMORTE e seu significado, a vitoriosa RESSURREIÇÃO do nosso Salvador, Sua próxima VINDA gloriosa, sua mensagem de SALVAÇÃO para os que crêem verdadeiramente e PERDIÇÃO para os não crentes verdadeiros.

1. JESUS NÃO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO

Quando Ele nasceu "... havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho."  (Lucas 2:8). Isto jamais pôde acontecer na Judéia durante o mês de dezembro: os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de outubro e [ainda mais à noite] os abrigavam para protegê-los do inverno que se aproximava, tempo frio e de muitas chuvas (Adam Clark Commentary, vol. 5, página 370). A Bíblia mesmo prova, em Cant 2:1 e Esd 10:9,13, que o inverno era época de chuvas, o que tornava impossível a permanência dos pastores com seus rebanhos durante as frígidas noite, no campo. É também pouco provável que um recenseamento fosse convocado para a época de chuvas e frio (Lucas 2:1).

2. COMO ESTA FESTA SE INTRODUZIU NAS IGREJAS?

 The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog) explica claramente em seu artigo sobre o Natal:
"Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro) e comemorava o nascimento do deus sol, no dia mais curto do ano.

As festividades pagãs de Saturnália e Brumália estavam demasiadamente arraigadas nos costumes populares para serem suprimidos pela influência cristã. Essas festas agradavam tanto que os cristãos viram com simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma de sua observância. Pregadores cristãos do ocidente e do oriente próximo protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam a seus irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao sol por aceitar como cristã essa festividade pagã.

Recordemos que o mundo romano havia sido pagão. Antes do século 4o os cristãos eram poucos, embora estivessem aumentando em número, e eram perseguidos pelo governo e pelos pagãos. Porém, com a vinda do imperador Constantino (no século 4o) que se declarou cristão, elevando o cristianismo a um nível de igualdade com o paganismo, o mundo romano começou a aceitar este cristianismo popularizado e os novos adeptos somaram a centenas de milhares.

Tenhamos em conta que esta gente havia sido educada nos costumes pagãos, sendo o principal aquela festa idólatra de 25 de dezembro. Era uma festa de alegria [carnal] muito especial. Agradava ao povo! Não queriam suprimi-la."
O artigo já citado da "The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge" revela como Constantino e a influência do maniqueísmo (que identificava o Filho de Deus com o sol) levaram aqueles pagãos do século 4o (que tinham [pseudamente] se "convertido em massa" ao [pseudo] "cristianismo") a adaptarem a sua festa do dia 25 de dezembro (dia do nascimento do deus sol), dando-lhe o título de dia do natal do Filho de Deus.

Assim foi como o Natal se introduziu em nosso mundo ocidental! Ainda que tenha outro nome, continua sendo, em espírito, a festa pagã de culto ao sol. Apenas mudou o nome. Podemos chamar de leão a uma lebre, mas por isto ela não deixará de ser lebre.

A Enciclopédia Britânica diz:


"A partir do ano 354 alguns latinos puderam mudar de 6 de janeiro para 25 de dezembro a festa que até então era chamada de Mitraica, o aniversário do invencível sol... os sírios e os armênios idólatras e adoradores do sol, apegando-se à data de 6 de janeiro, acusavam os romanos, sustentando que a festa de 25 de dezembro havia sido inventada pelos discípulos de Cerinto."

3. A VERDADEIRA ORIGEM DO NATAL

O Natal é uma das principais tradições do sistema corrupto chamado Babilônia, fundado por Nimrode, neto de Cam, filho de Noé. O nome Nimrode se deriva da palavra "marad", que significa "rebelar". Nimrode foi poderoso caçador CONTRA Deus (Gn 10:9). Para combater a ordem de espalhar-se:
- criou a instituição de ajuntamentos (cidades);
- construiu a torre de Babel (a Babilônia original) como um quádruplo desafio a Deus (ajuntamento, tocar aos céus, fama eterna, adoração aos astros);
- fundou Nínive e muitas outras cidades;
- organizou o primeiro reino deste mundo.
A Babilônia é um sistema organizado de impérios e governos humanos, de explorações econômicas, e de todos os matizes de idolatria e ocultismo.

Nimrode era tão pervertido que, segundo escritos, casou-se com sua própria mãe, cujo nome era Semiramis. Depois de prematuramente morto, sua mãe-esposa propagou a perversa doutrina da reencarnação de Nimrode em seu filho Tamuz. Ela declarou que, em cada aniversário de seu natal (nascimento), Nimrode desejaria presentes em uma árvore. A data de seu nascimento era 25 de dezembro. Aqui está a verdadeira origem da árvore de Natal.

Semiramis se converteu na "rainha do céu" e Nimrode, sob diversos nomes, se tornou o "divino filho do céu". Depois de várias gerações desta adoração idólatra, Nimrode também se tornou um falso messias, filho de Baal, o deus-sol. Neste falso sistema babilônico, a mãe e o filho (Semiramis e Nimrode encarnado em seu filho Tamuz) se converteram nos principais objetos de adoração. Esta veneração de "a Madona e Seu Filho" (o par "mãe influente + filho poderoso e obediente à mãe") se estendeu por todo o mundo, com variação de nomes segundo os países e línguas. Por surpreendentemente que pareça, encontramos o equivalente da "Madona", da Mariolatria, muito antes do nascimento de Jesus Cristo!

Nos séculos 4o e 5o os pagãos do mundo romano se "converteram" em massa ao "cristianismo", levando consigo suas antigas crenças e costumes pagãos, dissimulando-os sob nome cristãos. Foi quando se popularizou também a idéia de "a Madona e Seu Filho", especialmente na época do Natal. Os cartões de Natal, as decorações e as cenas do presépio refletem este mesmo tema.

A verdadeira origem do Natal está na antiga Babilônia. Está envolvida na apostasia organizada que tem mantido o mundo no engano desde há muitos séculos! No Egito sempre se creu que o filho de Ísis (nome egípcio da "rainha do céu") nasceu em 25 de dezembro. Os pagãos em todo o mundo conhecido já celebravam esta data séculos antes do nascimento de Cristo.

Jesus, o verdadeiro Messias, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a igreja primitiva jamais celebraram o natalício de Cristo. Nem nessa data nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe, sim, a ordem de atentarmos bem e lembrarmos sempre a Sua MORTE (1Co 11:24-26; Joã 13:14-17).

4. OUTROS COSTUMES PAGÃOS, NO NATAL: GUIRLANDA, VELAS, PAPAI NOEL

 A GUIRLANDA (coroa verde adornada com fitas e bolas coloridas) que enfeita as portas de tantos lares é de origem pagã. Dela disse Frederick J. Haskins em seu livro "Answer to Questions" (Respostas a Algumas Perguntas): "[A guirlanda] remonta aos costumes pagãos de adornar edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do [atual] Natal. A árvore de Natal vem do Egito e sua origem é anterior à era Cristã."

Também as VELAS, símbolo tradicional do Natal, são uma velha tradição pagã, pois se acendiam ao ocaso para reanimar ao deus sol, quando este se extinguia para dar lugar à  noite.

PAPAI NOEL é lenda baseada em Nicolau, bispo católico do século 5o. A Enciclopédia Britânica, 11ª edição, vol. 19, páginas 648-649, diz: "São Nicolau, o bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em 6 de dezembro... conta-se uma lenda segundo a qual presenteava ocultamente a três filhas de um homem pobre... deu origem ao costume de dar em secreto na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o dia de Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau..."Os pais castigam a seus filhos por dizerem mentiras. Porém, ao chegar o Natal, eles mesmos se encarregam de contar-lhes a mentira de "Papai-Noel", dos "Reis Magos" e do "Menino Deus"! Por isso não é de se estranhar que, ao chegarem à idade adulta, também creiam que Deus é um mero mito.      -      Certo menino, sentindo-se tristemente desiludido ao conhecer a verdade acerca de Papai Noel, comentou a um amiguinho: "Sim, também vou me informar acerca do tal Jesus Cristo!"      -     É cristão ensinar às crianças mitos e mentiras? Deus disse: "... nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um  com o seu próximo;"  (Lev 19:11). Ainda que à mente humana pareça bem e justificado, Deus, porém, disse: "Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte."  (Prov 16:25).

Estudados os fatos, vemos com assombro que o costume de celebrar o Natal, em realidade, não é costume cristão mas, sim, pagão. Ele constitui um dos caminhos da Babilônia no qual o mundo tem caído!

5. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A ÁRVORE DE NATAL?

As falsas religiões sempre utilizaram a madeira, bem como as árvores, com fins de idolatria:

  "Sacrificam sobre os cumes dos montes, e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, e do álamo, e do olmeiro, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram."  
(Os 4:13)

  "Não plantarás nenhuma árvore junto ao altar do SENHOR teu Deus, que fizeres para ti."  (Deut 16:21)

Essas árvores ou pedaços de madeira serviam para adoração e culto doméstico. O pinheiro – símbolo natalino – possui a mesma conotação.

6. É BÍBLICA A TROCA DE PRESENTES?

Biblioteca Sacra, vol. 12, páginas 153-155: "A troca de presentes entre amigos é característico tanto do Natal como da Saturnália, e os cristãos seguramente a copiaram dos pagãos, como o demonstra com clareza o conselho de Tertuliano".O costume de trocar presentes com amigos e parentes durante a época natalina não tem absolutamente nada a ver com o cristianismo! Ele não celebra o nascimento de Jesus Cristo nem O honra! (Suponhamos que alguma pessoa que você estima está aniversariando. Você a honraria comprando presentes para os seus próprios amigos??... Omitiria a pessoa a quem deveria honrar??... Não parece absurdo deste ponto de vista?!...)

Contudo, isto é precisamente o que as pessoas fazem em todo o mundo. Observam um dia em que Cristo não nasceu, gastando muito dinheiro em presentes para parentes e amigos. Porém, anos de experiência nos ensinam que os cristãos confessos se esquecem de dar o que deviam, a Cristo e a Sua obra, no mês de dezembro. Este é o mês em que mais sofre a obra de Deus. Aparentemente as pessoas estão tão ocupadas trocando presentes natalinos que não se lembram de Cristo nem de Sua obra. Depois, durante janeiro a fevereiro, tratam de recuperar tudo o que gastaram no Natal, de modo que muitos, no que se refere ao apoio que dão a Cristo e Sua obra, não voltam à normalidade até março.

Vejamos o que diz a Bíblia em Mateus 2:1,11 com respeito aos presentes que levaram os magos quando Jesus nasceu:


  "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magoS vieram do oriente a Jerusalém, ... E, entrando na CASA, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, Oadoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-LHE dádivas: ouro, incenso e mirra."

7. POR QUE OS MAGOS LEVARAM PRESENTES A CRISTO?

Por ser o dia de seu nascimento? De maneira nenhuma! Pois eles chegaram muitas semanas ou meses depois do seu nascimento (Mt 2:16). Ao contrário do que mostram os presépios, Jesus já estava numa casa, não numa estrebaria.

Então, os magos deram presentes uns aos outros para deixar-nos exemplo a ser imitado? Não! Eles não trocaram nenhum presente com seus amigos e familiares, nem entre si mesmos, mas sim presentearam unicamente a CRISTO.

Por que? O mencionado comentário bíblico de Adan Clarke, vol. 5, pg.46, diz: "Versículo 11 ("ofereceram-lhe presentes"). No Oriente não se costuma entrar na presença de reis ou pessoas importantes com as mãos vazias. Este costume ocorre com freqüência no Velho Testamento e ainda persiste no Oriente e em algumas ilhas do Pacífico Sul."Aí está! Os magos não estavam instituindo um novo costume cristão de troca-troca de presentes para honrar o nascimento de Jesus Cristo! Procederam de acordo com um antigo costume Oriental que consistia em levar presentes ao rei ao apresentarem-se a ele. Eles foram pessoalmente à presença do Rei dos Judeus. Portanto, levaram oferendas, da mesma maneira que a rainha de Sabá levou a Salomão, e assim como levam aqueles que hoje visitam um chefe de estado.

O costume de trocas de presentes de Natal nada tem a ver com o nascimento do Cristo de Deus, é apenas a continuação de um costume pagão.

8. UM "NATAL CORRIGIDAMENTE CRISTÃO"  PODERIA REALMENTE HONRAR A CRISTO?

Há pessoas que insistem em que, apesar das raízes do Natal estarem no paganismo, agora elas não observam o Natal para honrarem um falso deus, o deus sol, senão para honrarem a Jesus Cristo. Mas diz Deus:

  "Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, ...; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: 'Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu.'    Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que Ele odeia, fizeram eles a seus deuses; ...".  
(Deut 12:30-31)

  "Assim diz o SENHOR: 'Não aprendais o caminho dos gentios, ...    Porque os costumes dos povos são vaidade; ...'"
 (Jr 10:2-3).

Deus disse-nos claramente que não aceitará este tipo de adoração: ainda que tenha hoje a intenção de honrá-Lo, teve origem pagã e, como tal, é abominável e honra não a Ele mas sim aos falsos deuses pagãos.

Deus não quer que O honremos "como nos orienta a nossa própria consciência":

    "Deus é Espírito; e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade".
 (Joã 4.24).

O que é a verdade? Jesus disse que a Sua palavra, a Bíblia, é a verdade (Joã 17:17).  E a Bíblia diz que Deus não aceitará o culto de pessoas que, querendo honrar a Cristo, adotem um costume pagão:

    "Mas em vão me adoram, ensinando doutrina que são preceitos dos homens."
 (Mt 15:9).

A comemoração do Natal é um mandamento (uma tradição) de homens e isto não agrada a Deus.

    "E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus"
 (Mat 15:6).
    "Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses..."  (Deut 12:31)
Não podemos honrar e agradar a Deus com elementos de celebrações pagãs!

9. ESTAMOS NA BABILÔNIA, SEM O SABERMOS

Nem precisamos elaborar: quem pode deixar de ver nauseabundos comercialismo, idolatria, e contemporização, por trás do "Natal"?... E que diz Deus? Devemos "adaptar e corrigir o erro"? Ou devemos praticar "tolerância zero, separação total"?

  "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas."
 (Ap 18:4)



 

10. AFINAL, A BÍBLIA MOSTRA QUANDO NASCEU JESUS?

Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Iterem) do calendário judaico, que corresponde [mais ou menos, pois o calendário deles é lunar-solar, o nosso é solar] ao mês de setembro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) significava Deus habitando com o Seu povo. Foi instituída por Deus como memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de Seu povo (Lev 23:39-44; Nee 8:13-18 ).

Em João 1:14 ("E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."vemos que o Verbo (Cristo) habitou entre nós. Esta palavra no grego é skenoo = tabernáculo. Devemos ler "E o Verbo se fez carne, e TABERNACULOU entre nós, e..." A festa dosTabernáculos cumpriu-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Isa 7:14)  que significa "Deus conosco". Em Cristo se cumpriu não apenas a festa dos Tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua morte  (Mat. 26:2; 1Cor 5:7), e a festa do Pentecostes, quando Cristo imergiu dentro do Espírito Santo a todos os que haveriam de ser salvos na dispensação da igreja (Atos 2:1).

Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão a situar cronologicamente o nascimento de Jesus:
·        Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 1/24 = 15 dias, 2 vezes ao ano. Os números estão arredondados, pois 24 turnos x 15 dias = 360 dias =/= 365,2422 dias = 1 ano. Durante os sábados especiais, todos os turnos ministravam juntamente; 1Cr 24:1-19.
·        O oitavo turno pertencia a Abias (1Cr 24:10).
·        O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abibe. Êxo 12:1-2; 13:4; Deut 16:1;
Ex. 13:4.

        Usualmente havia 12 meses, alguns deles com 29 dias, outros com 30 dias, totalizando apenas 12 x 29,5 = 354 dias, ficando faltando 11,2422 dias para o ano solar. A cada 3 ou anos a distorção entre este calendário e o solar era corrigida através da introdução do mês de Adar II.

Temos a seguinte correspondência:
Mês (número)
Mês (nome, em Hebraico)
Turnos
Referências
1
Abibe ou Nissan
= março / abril
1 e 2
Êxo 13:4 Ester 3:7
2
Zive = abril / maio
3 e 4
1Re 6:13
3
Sivan = maio / junho
5 e 6
Est 8:9
4
Tamuz = junho / julho
7 e 8 (Abias)
Jer 39:2; Zac 8:19
5
Abe = julho / agosto
9 e 10
Núm 33:38
6
Elul: agosto / setembro
11 e 12
Nee 6:15
7
Etenim ou Tisri
= setembro / outubro
13 e 14
1Rs 8:2
8
Bul ou Cheshvan
= outubro / novembro
15 e 16
1Rs 6:38
9
Kisleu
= novembro / dezembro
17 e 18
Esd 10:9; Zac 7:
10
Tebete = dezembro / janeiro
19 e 20
Est 2:16
11
Sebate = janeiro / fevereiro
21 e 22
Zac 1:7
12
Adar = fevereiro / março
23 e 24
Est 3:7
                                                                 
Zacarias, pai de João Batista, era sacerdote e ministrava no templo durante o "turno de Abias" (Tamuz, i.é, junho / julho) (Luc 1:5,8,9).
Terminado o seu turno voltou para casa e (conforme a promessa que Deus lhe fez) sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Luc 1:23-24) no final do mês Tamus (junho / julho) ou início do mês Abe (julho / agosto).
Jesus foi concebido 6 meses depois (Luc 1:24-38), no fim de Tebete (dezembro / janeiro) ou início de Sebate (janeiro / fevereiro).
Nove meses depois, no final de Etenim (que cai em setembro e/ou outubro), mês em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar, veio tabernacular conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel ("Deus conosco").
Em 1999, Hélio de M. Silva adaptou (excluiu/adicionou/modificou) algumas poucas palavras e até parágrafos de um estudo que estava em 18 sites de língua portuguesa, nenhum dando o nome do autor, mas parecendo ser tradução/adaptação do livreto "The Plain Truth About Christmas", publicado em 195x pela Worlwide Church of God (Armstrongnianismo melhorado?)

                         "Escrito por Hélio de M Silva"                         Post. Sandro Moraes.

sexta-feira, 14 de março de 2014



                                 

                                    
                                   Os 9 Dons Espirituais





É importante salientarmos que na nossa convicção, os Dons Espirituais estão ativos e disponíveis a Igreja do Senhor Jesus Cristo para edificação dos santos, isto é, vigoram nos dias atuais, isso quer dizer que este expediente da comunicação sobrenatural de Dons por parte do Espirito Santo de Deus, não morreu com os Apóstolos, mas nos é dada hoje, segundo a vontade Daquele que distribui a cada um como quer e a quem quer.
O apóstolo Paulo diz aos Coríntios:

“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo.
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de milagres; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a diversidade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer” (1 Cor. 12:1-11).

Como podeis ver Paulo desejava que os crentes (não só os de Corinto) não estivessem na ignorância acerca dos dons espirituais. Ora, de qual ignorância fala neste caso? Da que ignora a existência dos dons espirituais ou da que ignora as suas funções no corpo de Cristo e o seu correto uso? Considerando que aos Coríntios não faltava algum dom, porque isso o diz Paulo no início da sua epístola, e no meio deles havia quem falava em outra língua e quem profetizava (porque isso se evidência pelo discurso que Paulo faz a seguir), Paulo não queria que os Coríntios estivessem na ignorância acerca do uso dos dons.

É claro porém que se crentes ignoram a existência dos dons espirituais (nada de admirar, se se considerar que ao tempo de Paulo haviam até crentes que por um certo tempo não sabiam da existência do Espírito Santo) é necessário instruí-los para que esta ignorância cesse de existir, sendo que os dons são para a Igreja, para a sua edificação e não para a sua destruição. Paulo o diz claramente: a cada um é dada a manifestação do Espírito para o que for útil. Se notem bem estas palavras “para o que for útil” porque elas anulam todos aqueles raciocínios que querem fazer crer que os dons do Espírito Santo hoje não são mais necessários.
De fato se naquele tempo a manifestação do Espírito era útil à Igreja, consequentemente ela tem de ser útil também agora à distância de mais de mil e novecentos anos. Se o Espírito edificava a Igreja pelos seus dons, de certo Ele continuará a edificá-la mediante aqueles mesmos dons ainda hoje. Se o Espírito naquele tempo desejava edificar a Igreja de Deus por meio dos seus dons, de certo desejará edificá-la ainda hoje.
Ou porventura alguém pode demonstrar que este não é o sentimento do Espírito? Não, não há ninguém que possa demonstrar que o sentimento e o operar do Espírito tenham mudado, e não há ninguém que possa mudar o seu sentimento e o seu operar.
Ele ainda hoje distribui os seus dons como Ele quer, e não há ninguém que o possa impedir. Ora, como vimos o Espírito é um, mas os dons são variados. Em outras palavras o Espírito Santo concede manifestações diversas no seio da Igreja de Deus. E isto porque as necessidades são variadas na Igreja; um pouco em suma como no corpo humano, em que há diversos membros com diversas funções com base nas necessidades.
Os olhos capacitam ver, os ouvidos ouvir, os pés caminhar, a boca comer, o estômago e o figado digerir o que se comeu, etc.
Assim também no corpo de Cristo, dado que as necessidades são variadas o Espírito dá a cada um capacidades diferentes para suprir às diversas necessidades presentes no seio da irmandade. Ele não dá a todos a mesma manifestação do Espírito, mas a todos Ele dá uma manifestação de acordo com a vontade de Deus.
A vontade de Deus porém que não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de facto Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: “Desejai ardentemente os maiores dons” (1 Cor. 12:31), “procurai abundar neles, para edificação da igreja” (1 Cor. 14:12), diz Paulo.
A coisa é clara, estes dons devem ser objecto de busca por parte de todos nós, ninguém excluído. Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem estar envolvidos nela. Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja seja edificada pela manifestação do Espírito.

Ele não quer que a Igreja de hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga. Mas vejamos de perto estes dons de que fala Paulo, a fim de compreender o porquê de eles serem dados para a edificação da igreja, a fim de compreender a sua utilidade.

Palavra de Sabedoria.

Este dom é a revelação de um facto que deve acontecer. Revelação que pode ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por meio de uma voz escutada. Alguns exemplos da palavra de sabedoria na Escritura são os seguintes. Em Antioquia um certo profeta de nome Ágabo levantando-se “dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo; e isso aconteceu no tempo de Cláudio César” (Atos 11:28).
Ainda Ágabo, alguns anos depois, desceu a casa de Filipe “tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o varão de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios” (Atos 21:11). Também neste caso a predição de Ágabo se cumpriu.

Palavra de Ciência ou Conhecimento.

Este dom é a revelação de um facto que está acontecendo ou que já aconteceu. Também esta revelação pode ser dada em visão ou em sonho ou mediante uma voz. Alguns exemplos bíblicos em que encontramos a manifestação deste dom são os seguintes. Jesus disse à mulher samaritana:

“Vai, chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta” (João 4:16-19).

A mulher compreendeu por esta palavra de ciência que quem lhe falava era um profeta. O apóstolo Pedro através de uma palavra de ciência veio a saber que Ananias e Safira tinham vendido a propriedade deles por um preço superior ao dinheiro que Ananias depois levou aos pés dos apóstolos de facto lhe disse:

“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? e vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5:3-4).

E por esta sua mentira foi morto por Deus, juntamente com sua mulher que mentiu depois dele.

Fé.

A fé de que Paulo fala como dom, não é a fé que vem pelo ouvir a Palavra de Deus e pela qual se é salvo e se recebe o Espírito Santo.
É uma fé especial concedida pelo Espírito Santo a alguns em certas ocasiões para fazer alguma coisa de particular. Por exemplo Jesus mediante este dom matou a fome a milhares de pessoas por bem duas vezes com poucos pães e poucos peixes (cfr. Mateus 14:15-21; Mar. 6:30-44; João 6:1-15, e Mat. 15:32-37; Mar. 8:1-9), caminhou sobre as águas do mar da Galileia (cfr. Mat. 14:25; Mar. 6:48), e fez secar num instante uma figueira (cfr. Mat. 21:18-19).

Cura.

Os dons de curar são dons que capacitam quem os recebe de curar os doentes. Como no caso de Jesus, o poder do Senhor estava com ele para fazer curas ( Lucas 5:17). Jesus deu o poder de curar os enfermos aos seus doze discípulos conforme está escrito:

“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal” (Mat. 10:1; cfr. Lucas 9:1-2).

E eles curavam os doentes, vivendo Jesus, conforme está escrito:

“E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda a parte” (Lucas 9:6).

Também o apóstolo Paulo tinha dons de curar de fato em Malta está dito:

“Aconteceu estar de cama, enfermo de febre e disenteria, o pai de Públio; Paulo foi visitá-lo, e havendo orado, impôs-lhe as mãos, e o curou. Feito pois isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e eram curados” (Atos 28:8-9).

Se cuide bem porém para evitar pensar que quem tem os dons de curar pode curar indiscriminadamente quem quer porque a cura para que possa acontecer necessita da fé por parte do doente (recordai-vos que em Nazaré Jesus não pôde fazer muitas obras poderosas por causa da incredulidade que havia naquela cidade) e também da permissão de Deus, ou seja, que a cura do indivíduo entre no querer de Deus para com ele naquele tempo.
A respeito disso façamos presente que Paulo quando escreveu a Timóteo a primeira epístola ainda não tinha curado Timóteo das suas frequentes enfermidades (cfr. 1 Tim. 5:23), e quando lhe escreveu a segunda epístola disse a Timóteo de ter deixado Trófimo doente em Mileto (cfr. 2 Tim. 4:20). Isto nos ensina que quem recebe os dons de curar se deve também ele submeter à vontade de Deus. Uma outra coisa a dizer a respeito das curas é que quando também um crente não tenha os dons de curar ele deve orar pelos irmãos doentes para que Deus os cure: Tiago diz de facto: “Orai uns pelos outros, para serdes curados” (Tiago 5:16). Note-se que é uma ordem e não algo de facultativo. A cura acontece pelo poder de Deus, mediante a fé por parte do doente no nome do Senhor Jesus. Para descrever isto não há melhores palavras do que aquelas que Pedro dirigiu aos Judeus depois de ter curado o coxo à porta do templo dita ‘Formosa’:

“E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este homem que vedes e conheceis; sim, a fé, que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde” (Atos 3:16).

Estas palavras as pode dizer todo aquele que recebeu os dons de curar depois de ter curado um doente. Se desejem ardentemente pois os dons de curar, e quem os recebe os ponha ao serviço dos homens sem pedir compensações de nenhum género e mantendo-se humilde e puro. Que o nome do nosso grande Deus seja glorificado através das curas feitas em nome de Cristo; e as obras do diabo destruidas.
Que se reconheça ainda hoje que no meio da Igreja há um Deus que cura toda a doença, que pode fazer e faz o que nenhum médico pode fazer. A Ele seja a glória em Cristo Jesus. Amén.

Operação de Milagres ou Maravilhas.

Como se pode bem ver este dom é distinto dos dons de curar, porque enquanto os dons de curar dizem respeito a curas de um mal o dom de poder de operar milagres diz respeito à operação de sinais e prodígios vários. Aquilo que se deve ter presente é que este dom é um poder de fazer determinadas coisas por ordem de Deus. Para explicar este dom com as Escrituras citarei os exemplos de Moisés e o das duas testemunhas que devem aparecer antes da vinda de Cristo.
De Moisés é dito que quando Deus lhe apareceu na chama de uma sarça ardente lhe ordenou de descer ao Egipto para libertar o seu povo da mão de Faraó. Deu-lhe o poder para fazer sinais e prodígios diante de Faraó, de facto lhe disse:

“Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo” (Ex. 4:21).

No caso dos dois ungidos que devem aparecer está dito no livro do Apocalipse:

“Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem” (Ap. 11:4-6).

Como se pode bem ver a autoridade recebida por Moisés e a que receberão os dois ungidos diz respeito a fazer coisas que não estão relacionadas com curas físicas.

Discernimento de espíritos.

Mediante este dom o Espírito Santo capacita o crente de discernir a presença de espíritos malignos em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos enquanto operam malvadamente. Existem espíritos de vários géneros, isto é, ocupados a fazer várias formas de mal. Existem espíritos que provocam mudez e surdez como aquele expulso daquele menino epiléptico por Jesus, de facto Jesus lhe disse:

“Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele” (Mar. 9:25).

De modo que nestes casos para que a cura se faça é necessário discernir o espírito ou os espíritos que provocam as doenças para depois expulsá-lo ou expulsá-los em nome de Cristo Jesus. Existem espíritos enganadores que estão ocupados a enganar; Paulo diz de facto que em dias vindouros“alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores….” (1 Tim. 4:1).

Destes espíritos os há muitos no seio do povo de Deus; mediante eles toda a sorte de falsa doutrina é feita crer a certos crentes. Existem espíritos que fazem sinais e prodígios; João viu alguns deles em visão de facto diz:

“E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap. 16:13-14).

Note-se que neste caso João diz ao que se assemelhavam estes espíritos, porque todos os espíritos têm uma semelhança. Há espíritos que se assemelham a macacos, outros a rãs, outros a crocodilos, outros a serpentes, outros a cabras, a porcos, etc.

Profecia, Diversidade de línguas, Interpretação de línguas

Examinaremos estes três dons à luz do quanto Paulo diz no capítulo 14 da primeira epístola aos Coríntios. O apóstolo Paulo diz qual o dom espiritual os crentes devem buscar primeiro, a saber, o de profecia de facto diz desejar “principalmente o de profetizar” (1 Cor. 14:1). Porquê exactamente este e não o dom da diversidade das línguas (ou seja a capacidade de falar várias línguas estrangeiras) por exemplo?
Paulo o explica pouco depois.

“Porque o que fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala em outra língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. Ora, quero que todos vós faleis em outras línguas, mas muito mais que profetizeis, porque quem profetiza é maior do que o que fala em outras línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação” (1 Cor. 14:2-5).

Eis explicado então porque é a profecia preferível às línguas (como dom naturalmente).
Porque enquanto quem fala em outra língua fala a Deus (obviamente quem também fala em uma só língua estrangeira porque não tem o dom da diversidade das línguas, fala a Deus) porque ninguém o percebe e fala mistérios, e para que a igreja entenda o que ele disse e receba edificação é necessário alguém que tenha o dom de interpretação que interprete o seu falar estrangeiro; quem profetiza fala aos homens uma linguagem de edificação, consolação e exortação que como é falado na língua percebida por todos assim não tem necessidade de ser interpretado e edifica a igreja.
Como vimos Paulo diz que queria que todos falassem em outras línguas, mas muito mais que todos profetizassem porque quem profetiza é superior a quem fala em outras línguas (pela razão adoptada antes). Mas esta superioridade cessa de existir se quem fala em outras línguas também interpreta, de facto Paulo diz: “A não ser que também interprete para que a igreja receba edificação”. Porquê aquele “a não ser que”? Porque no caso de quem fala em outras línguas interpretar, também a igreja entenderá o que o Espírito disse em outras línguas através dele a Deus, e receberá edificação.

Façamos um exemplo explicativo: ponhamos o caso de no meio da assembleia um irmão orar em outra língua a Deus pedindo-lhe para libertar o irmão Fulano na Costa do Marfim de homens malvados que se preparam para matá-lo por causa da sua fé, e que depois de assim ter orado interprete a oração dirigida a Deus em outra língua. Que acontecerá na assembleia? Acontecerá que os crentes poderão dizer ‘Amen’ àquela oração porque terão percebido no que ela consistia. E naturalmente eles todos receberão grande edificação em saber que o Espírito pela boca daquele crente intercedeu por um filho de Deus a eles desconhecido que se encontra numa nação de um outro continente.
No caso o falar em outras línguas antes consistisse num cântico a Deus então a igreja perceberá as palavras daquele cântico espiritual. Eis pois porque a igreja receberá edificação pela interpretação das línguas. Não é como alguns crêem, por falta de conhecimento, que as línguas mais interpretação é uma profecia, ou seja, um falar aos homens, e por isso a igreja receberá edificação. Porque a edificação não se recebe exclusivamente ouvindo falar uma mensagem de exortação, consolação e edificação dirigida aos homens, mas também ouvindo uma oração ou um cântico (neste caso interpretado de uma outra língua). Isto está fora de dúvida. Ora, Paulo depois de ter dito a não ser que ele interprete para que a igreja receba edificação diz:

“Se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar.
Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significado. Se, pois, eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja. Por isso, o que fala em outra língua, ore para que possa interpretar. Porque se eu orar em outra língua, bem ora o meu espírito, mas o meu entendimento fica infrutífero.
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1 Cor. 14:9-15).

Estas palavras do apóstolo têm o evidente objectivo de fazer perceber aos crentes que o falar em outra língua no meio da assembleia não será de alguma utilidade aos outros se não for acompanhado pela interpretação. Em outras palavras, o falar em outra língua privado da interpretação é como uma trombeta que dá um som desconhecido; é como alguém que fala uma língua bárbara da qual não se percebe nada. Aproveita sim a quem fala em outra língua porque o edifica (o edifica não porque percebe aquilo que diz, mas porque fala pelo Espírito), mas não aproveita à igreja porque ela não entende o que é dito. Eis porque Paulo diz: “Por isso, o que fala em outra língua, ore para que possa interpretar” (a fim de poder edificar a igreja, além de a si mesmo). Porque se eu oro em outra língua ora o meu espírito mas o meu entendimento fica infrutífero. Então que devo fazer, eu que oro em outra língua? pergunta Paulo.

Orarei em outra língua (com o espírito) mas também interpretarei (orarei também com o entendimento); cantarei em outra língua (com o espírito) mas também interpretarei o meu cantar (cantarei com o entendimento). Isto para que a igreja receba edificação. E logo depois Paulo diz:

“De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o amém sobre a tua ação de graças aquele que ocupa o lugar de indouto, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. Dou graças a Deus, que falo em outras línguas mais do que vós todos. Todavia na igreja eu antes quero falar cinco palavras inteligíveis, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida” (1 Cor. 14:16-19).

Paulo em outras palavras diz: em caso contrário se tu não fazes como eu te digo, isto é, no caso de tu orares ou cantares em outra língua sem dar a interpretação como poderá quem te ouve dizer ‘amen’ à tua acção de graças (note-se que Paulo, falando assim, confirma que o crente quando fala em outra língua se dirige a Deus também quando se encontra junto a outros crentes)? Não poderá; sim realmente tu farás uma bela acção de graças mas o outro não será edificado. Eu dou graças a Deus que falo em outras línguas mais que todos vós, isso não obstante na igreja prefiro dizer cinco palavras compreensíveis que dez mil em outra língua. E depois ele diz:

“Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento” (1 Cor. 14:20).

Como dizer, na simplicidade sede como as crianças, mas não sejais crianças quanto à inteligência, sede antes adultos quanto à inteligência. A este ponto Paulo cita estas palavras pronunciadas por Deus por meio de Isaías:

“Está escrito na lei: Por gente de outras línguas e por lábios de estrangeiros falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor” (1 Cor. 14:21).

E depois diz:

“De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes. Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em outras línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, proclamando que Deus está verdadeiramente entre vós” (1 Cor. 14:22-25).

Aquele “De modo que” depois daquelas palavras de Isaías estão confirmar que com base no que Deus disse através de Isaías as línguas são sinal para os incrédulos e não para os crentes, enquanto a profecia é sinal para os crentes.
Eis porque Paulo diz que se entra algum não crente e se ouve todos falar em línguas dirá que somos loucos, enquanto se todos profetizam o não crente terá os pensamentos do seu coração manifestos e reconhecerá que Deus está no meio de nós. Mas então o que se deve fazer?
Paulo responde:

“Quando vos congregais, tendo cada um de vós um salmo, ou um ensinamento, ou uma revelação, ou um falar em outra língua, ou uma interpretação, faça-se tudo para edificação. Se há quem fala em outra língua, sejam dois, ou quando muito três a fazê-lo; e cada um por sua vez, e haja alguém que interprete. Mas, se não houver intérprete, estejam calados na igreja, e falem para si mesmos, e para Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos, um a um, podereis profetizar; para que todos aprendam e todos sejam consolados; e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz” (1 Cor. 14:26-33).

Em relação às línguas dizemos que, se há quem fala em outra língua devem falar em línguas apenas dois ou no máximo três, e um depois do outro, e alguém deve interpretar; mas se não há quem interprete, os que falam em outras línguas devem fazê-lo em voz baixa e não como uma trombeta. Os profetas, os quais têm o dom de profecia, falem; também aqui porém dois ou três no máximo, e os outros examinem as profecias.

No caso porém se for dada uma revelação a um profeta que está sentado o precedente deve-se calar. A conclusão do discurso de Paulo é esta:

“Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém quer ignorar isto, que ignore. Portanto, irmãos, desejai profetizar, e não proibais falar em outras línguas; mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Cor. 14:37-40).

As coisas são claras, as palavras de Paulo são mandamentos do Senhor. Então, o profetizar deve ser desejado ardentemente, o falar outras línguas não deve ser impedido, mas tudo deve ser feito decentemente e com ordem.
Que o Senhor possa encontrar corações dispostos em sua Igreja para receber os Dons Espirituais, que são úteis para o Corpo hoje.