domingo, 3 de fevereiro de 2013


Estudo Biblico Você é
Um Cristão Bom em Atirar Pedras? Evangélica Gospel


Você é Um Cristão Bom em Atirar Pedras?


Somos exímios atiradores de pedras. Mas não gostamos de atirá-las ao vento ou em alvos próprios para esse fim. Gostamos de atirar pedras em pessoas. Foi o que queriam fazer os escribas e fariseus quando trouxeram a Jesus uma mulher pega em flagrante adultério – surpreendentemente o homem que cometera adultério com essa mulher não foi levado. O que os escribas e fariseus tinham nas mãos? Pedras prontas a serem atiradas, aguardando apenas uma palavra de ordem para fazê-lo. Qualquer semelhança conosco NÃO é mera coincidência.

Sem algum cuidado de nossa parte, somos também assim como os escribas e fariseus, sem por nem tirar! Temos as nossas pedras sempre em mãos para poder atirá-las nas pessoas. Basta uma oportunidade…

Porém, vemos que Jesus tira as pedras de nossas mãos quando nos impacta com Sua palavra. Foi o que Ele fez com os escribas e fariseus: “Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” (João 8.7). Sim, Ele no faz ver que não podemos atirar pedras endereçadas a ferir pessoas. Isso porque nós fomos, somos ou até seremos como elas ou até piores do que elas! Não temos “moral” para aplicar e executar esse julgamento.

Por isso, diante da Palavra de Deus, nenhuma pedra deve ficar em nossas mãos. Se alguma pedra ficar é porque não temos a palavra do Senhor em nós! E isso é muito sério, pois até mesmo entre escribas e fariseus – que eram religiosos hipócritas e reprovados por Deus – não se achou pedra alguma após a impactante palavra do Senhor Jesus. Nenhum deles ousou atirar suas pedras. “Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, acomeçar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.” (João 8.9).

Se nós insistimos e atiramos pedras pedras em pessoas somos piores que escribas e fariseus, que largaram as suas pedras!

No lugar das pedras Jesus ensina o perdão, o cuidado, a disciplina, a restauração. Impressionantemente, Jesus faz tudo isso sem concordar com o pecado que a mulher – agora ex-adúltera – tinha cometido. Ele a acolhe, Ele a disciplina, Ele a exorta, Ele a perdoa, Ele lhe dá uma nova oportunidade, e tudo isso em apenas um ato e uma frase: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” (João 8.10-11).

Da mesma forma que à mulher, Deus diz aos atiradores de pedras como nós: larguem as pedras, vão e não pequem mais.

SEJA UM CRISTÃO BOM EM NÃO ATIRAR PEDRAS!

Autor: André Sanchez

Estudo
Biblico Da Escravidão do Pecado a Libertação Evangélica Gospel


Da Escravidão do Pecado a Libertação


Então, lhes disse: Cada um lance de si as abominações de que se agradam os seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o SENHOR, vosso Deus. Mas rebelaram-se contra mim e não me quiseram ouvir; ninguém lançava de si as abominações de que se agradavam os seus olhos, nem abandonava os ídolos do Egito. Então, eu disse que derramaria sobre eles o meu furor, para cumprir a minha ira contra eles, no meio da terra do Egito. Ezequiel 20:7-8.

O primeiro capítulo do livro de Êxodo nos dá uma visão de Israel no Egito. Ali eles são escravos de Faraó, o rei do Egito, e idólatras, curvando-se diante dos deuses do Egito. Amarga era sua escravidão e dura a sua sorte, ao fabricar tijolos para um senhor impiedoso, como o capítulo nos mostra. O chicote do feitor e o tinir das correntes revelam seu estado e mostram que eles estão sob um poder mais forte do que o deles: podem gemer por libertação, mas não podem escapar. O homem valente, armado, mantém seus bens em paz. Entretanto, eles tinham seus pequenos prazeres como a Palavra nos mostra em Números 11:5 Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos.

Faraó sabia que não seria aconselhável tirar essas coisas deles, pois elas ajudavam a contentá-los com a sua sorte e a fazer com que trabalhassem melhor. Esta é a figura do estado de cada pecador não renascido. O Egito é o tipo deste mundo; Faraó, de satanás, que é o seu príncipe e governador. O homem, por natureza, é escravo de satanás; este presente século mal é a cena da escravidão; e seus pecados são correntes que o amarram. O homem está vendido ao pecado e ele não pode livrar-se por si mesmo, pois ele é fraco. O homem no pecado é instrumento do diabo, levado cativo por ele, para cumprir a sua vontade. Satanás obscureceu o entendimento do homem de modo que ele vê sua escravidão como liberdade e acaricia seus próprios pecados, que são suas cadeias agora, e que serão o verme roedor a torturá-lo no inferno para sempre. Onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. Marcos 9:48.

Satanás até pode soltar um pouco o fardo e afrouxar as correntes, para permitir que seu cativo possa “por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado” a fim de poder amarrá-lo mais seguramente e cegá-lo para sempre. Quanto ao perverso, as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido. Provérbios 5:22.

Satanás é um hábil forjador de correntes; sua longa experiência lhe tem dado ampla oportunidade de observar os gostos de suas vítimas e providenciar uma corrente adequada a cada uma. Algumas são presas pelas correntes de aço da luxúria e da paixão e seguem apressadamente para sua condenação. Outras, com as correntes mais respeitáveis do mundanismo, do amor ao dinheiro e dos aplausos humanos são conduzidos, silenciosa, porém inexoravelmente, para o abismo. O copo do bêbado, a bolsa do avarento e a capa de falsa religião do hipócrita, igualmente servem ao seu propósito. Uma forma de piedade, sem conversão a Deus, pode ser a mais potente ferramenta usada por satanás para enganar e destruir a alma de sua vítima por toda a eternidade. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. 2 Coríntios 11:14.

Você já foi liberto do jugo pernicioso de satanás, ou você ainda é seu escravo? Você está certo que nenhum pecado secreto, amado e acariciado, está amarrando você a satanás e a esse mundo? Talvez a sua consciência possa estar tranquila, e sua paz serena. A corrente abraçada por tanto tempo pode ter enferrujado sobre você, mas se você não foi libertado pelo Filho de Deus, você ainda é mantido pelo poder de satanás e ele o está conduzindo para “o lago de fogo”. A escravidão do povo de Israel no Egito é uma figura da nossa escravidão do pecado. O povo de Israel sofria muito a ponto de suas aflições serem vistas pelo Senhor. Um Olho tinha visto os cativos trabalhando duro nos fornos das olarias do Egito, um Ouvido tinha ouvido os seus gemidos, e um Coração tinha conhecido as suas tristezas. O Deus de Abraão lembrou-se do Seu pacto e disse: Por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel. Êxodo 3:8a.

Neste versículo, a graça absoluta, livre e incondicional do Deus de Abraão brilha em todo o seu esplendor, livre dos “ses” e dos “mas”, dos votos, das resoluções e das condições impostas pelo espírito legalista do homem. Deus havia de manifestar a Sua graça soberana, para realizar a obra de salvação, para cumprir a Sua promessa a Abraão, promessa repetida a Isaque e a Jacó. Não havia descido para ver se, na realidade, eles estariam em condições de merecer a salvação. Mas Deus ponderou o seu estado de opressão, as suas aflições, as suas lágrimas, os seus suspiros e a pesada servidão; pois, bendito seja o Seu nome, Ele conta os “ais” do Seu povo e põe as suas lágrimas no Seu odre. Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro? Salmos 56:8.

Que maravilha para cada um de nós em saber que Ele se importa conosco, porque na cruz, Jesus se fez um conosco, e o Seu nome é Emanuel que significa “Deus conosco”. Jesus é o Deus manifestado em carne; Ele “desceu” para nos libertar. Com a Sua morte na cruz, Ele nos levou a morrer no seu corpo, para que fossemos totalmente e perfeitamente libertos do pecado. Somente aqueles que estão mortos com Cristo é que estão justificados do pecado. Se você ainda não tem está experiência com o Senhor, ainda vive em pecado. A Bíblia é tão clara em Romanos 6:7 Porque aquele que está morto está justificado do pecado.

Se você já creu em sua morte com Cristo, pode-se considerar um justificado. Mas, se ainda está verdade não é sua experiência verdadeira, saiba que você ainda é um pecador cheio de conhecimento de doutrina, da Bíblia, um religioso, um insatisfeito, um frustrado. Portanto, a pergunta mais apropriada que devemos considerar é: Em que nos gloriamos e de que temos orgulho? A resposta nos contará exatamente onde nos situamos. Já temos sido capazes de ver que a infalível marca de uma pessoa liberta é que ela é uma pessoa que centraliza todo o seu pensamento, se gloria e é tocado mais profundamente pela cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Isto é o que revela se somos libertos ou não, se somos filhos de Deus ou não. O lugar dos renascidos se gloriar é na cruz. Gálatas 6:14  Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.

No entanto, há muitos que pensam que são cristãos quando, na verdade, não o são. Nós precisamos da realidade deste fato consumado do Calvário em nossas vidas. Quando alguém vê algo do real significado do que aconteceu quando o Senhor Jesus Cristo morreu na cruz, tudo o mais perde a importância. Paulo diz que se gloriava na cruz porque por ela o mundo foi crucificado para ele. Crucificar significa matar, executar, tornar inoperante. É como a própria crucificação de nosso Senhor. Jesus expirou lá na cruz, entregou Seu espírito, morreu e seu corpo foi tomado e sepultado. Agora, Paulo diz que aquela mesma cruz crucifica o mundo e o mata no que lhe diz respeito; a cruz remove. Irmãos não somos mais escravos do mundo, porque Jesus já pagou a nossa divida, estamos livres: tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz. Colossenses 2:14. Amém.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Estudo Biblico O Reino e o
Poder Evangélica Gospel


O Reino e o Poder


O profeta Daniel viveu em tempos tumultuados. Numa vida que se prolongou possivelmente até aos 90 anos, Daniel experimentou a queda do Reino de Judá pelas mãos de Babilônia, e depois a destruição de Babilônia pelos medo-persas. Durante essas reviravoltas políticas, quando as superpotências da época entravam em confronto direto umas contra as outras, competindo pelo controle do antigo Oriente Médio, Deus revelou a Daniel que tudo estava sob Seu controle e de acordo com o plano que Ele tinha para Seu povo, Israel, e para a vinda do reino de Deus à terra.

Durante os séculos VI e VII a.C., o Reino de Judá foi apanhado em um conflito entre três grandes impérios: a Assíria, a Babilônia e a Medo-Pérsia. O Império Assírio, com base em Nínive, havia governado o antigo Oriente Médio desde o tempo de Tiglate-Pileser III, na metade do século VIII a.C. Foi essa nação que havia conquistado Samaria e levado cativo a Israel, o Reino do Norte, em 722 a.C. Ao final do século seguinte, a Babilônia foi vagarosamente invadindo a Assíria, saqueando Nínive em 612 a.C.

Em 609 a.C., uma coalizão entre os exércitos da Assíria e os do Egito tentaram reprimir os babilônios em Carquemis. Mas, perto de 605 a.C., sob o poder de Nabucodonosor, a Babilônia foi vitoriosa; e, assim, Judá tornou-se subserviente ao Império Babilônio.

Naquele ano, Nabucodonosor levou pessoas cativas do Reino de Judá, dentre elas Daniel. Ele voltou a fazer a mesma coisa em 597 a.C., após a rebelião do rei Joaquim. Este morreu na Babilônia; seu sucessor, Jeoaquim, foi então levado prisioneiro (juntamente com o profeta Ezequiel); e Zedequias se tornou rei. Finalmente, em 586 a.C., após Zedequias ter se rebelado, o rei Nabucodonosor queimou Jerusalém, destruiu o Templo e exilou o restante da nação de Judá. Como a Babilônia já controlava Israel (o Reino do Norte), que havia sido capturado pela Assíria, Babilônia tinha agora total domínio sobre todo o povo judeu.

O Império Babilônio, embora glorioso, teve vida curta. Treze anos depois da morte de Nabucodonosor, uma coalizão entre os medos e os persas, sob a autoridade do rei Ciro da Pérsia, conquistou a Babilônia, desviando o rio Eufrates e atacando a cidade através do leito do rio, no dia 29 de outubro de 539 a.C. Ciro, então, decretou que todas as nações cativas sob o poder de Babilônia poderiam retornar às suas pátrias. Desta forma, foi dado início ao Império Persa, sem precedentes, que governou desde a Índia até o Mar Mediterrâneo por mais de 200 anos.

Assim, Daniel viveu durante um tempo de tremendo tumulto político, com a nação judaica sendo subserviente a essas potências maiores. O Livro de Daniel, entretanto, nos ensina que o mundo nunca está fora do controle de Deus e que todas as nações estão sujeitas a Ele.

O Livro

Embora a Bíblia cristã coloque Daniel entre os Profetas Maiores, a Bíblia hebraica o coloca juntamente com os Escritos. Isso pode ser porque Daniel trabalhou principalmente como um funcionário do governo, primeiro da Babilônia e depois da Pérsia; portanto, o livro foi colocado entre Ester e Esdras/Neemias, juntamente com outros escritos dos tempos pós-exílicos.

As revelações de Daniel abrangem quase sete décadas e especificam os anos de realeza, quando ele recebia visões. O livro foi escrito tanto em hebraico (Dn 1.1-2.4a; Dn 8.1-12.13) quanto em aramaico (Dn 2.4b-7.28). Aramaico era a língua internacional daquela época e o fato do livro ter sido escrito nas duas línguas nos diz que Daniel escreveu tanto para judeus quanto para gentios.

Daniel 1 funciona como uma introdução. Esse capítulo coloca Daniel como um judeu exilado na Babilônia e mostra tanto seu caráter quanto a bênção de Deus sobre ele e sobre seus amigos por causa da fidelidade deles. Os capítulos 2 a 7 estão escritos em aramaico, significando que a mensagem é primeiramente para as nações gentias.

Os capítulos 2 e 7 revelam quatro reinos gentios de duas formas. No capítulo 2 (o sonho de Nabucodonosor), cada um dos quatro reinos é representado como um tipo de metal na imagem de um homem que é finalmente destruída pela vinda do Reino de Deus. No capítulo 7, os mesmos quatro reinos são apresentados como quatro tipos de bestas. As Escrituras identificam os primeiros três reinos como a Babilônia (Dn 2.37), a Medo-Pérsia (Dn 8.20) e a Grécia (v.21); e o quarto reino é geralmente reconhecido como sendo o Império Romano – o que se encaixa historicamente.

Da mesma maneira, os dez artelhos da imagem em Daniel 2.41-43 correspondem aos dez chifres da quarta besta em Daniel 7.7,24. A revelação adicional em Daniel 7.8,24 é a que um pequeno chifre irrompe dentre os dez para blasfemar contra Deus. O Altíssimo julga aquele chifre pequeno através do Filho do Homem, e então o reino é entregue aos santos.

Os capítulos 3 e 6 correspondem um ao outro, pois demonstram a preservação que Deus faz dos que se mantêm fiéis a Ele na época desses governantes gentios. O capítulo 3 é a famosa história de Sadraque, Mesaque e Abedenego e de como Deus os protege na fornalha quando eles não se prostram diante da imagem de Nabucodonosor. Da mesma maneira, Deus protegeu a Daniel, já idoso, (capítulo 6) na cova dos leões quando continuou a se prostrar diante do verdadeiro Deus, mesmo em violação à lei dos medos e dos persas. Os dois relatos não apenas instruem o Povo Escolhido de Deus a ser fiel a Ele enquanto estiver sob o governo dos gentios, mas também instruem os governantes gentios sobre quem é verdadeiramente Deus.

Essa confiança torna-se, então, o tema dos capítulos 4 e 5. O capítulo 4 é a descrição autobiográfica de Nabucodonosor e de seu encontro com o Deus Altíssimo. É a história do orgulho e da humilhação desse rei durante os sete anos em que sofreu de boantropia (insanidade em que a pessoa pensa que é um bovino). Ele viveu em humilhação, como um animal no campo, até que reconheceu que seu reino e poder vinham de Deus.

O capítulo 5 reconta a blasfêmia do rei Belsazar e a resposta de Deus quando usou, em sua festa de bebedeiras, os utensílios sagrados do Templo judaico que havia sido destruído. Os dois relatos admoestam os governantes gentios a reconhecerem que a soberania deles sobre Israel vem de Deus. Não vem deles, nem de seus deuses; e eles devem honrar o Deus Altíssimo e Seu povo, ou serão julgados.

Os capítulos 8 a 12 consistem de três visões, ou revelações, escritas em hebraico e tratam do futuro de Israel sob o domínio de quatro reinos gentios. Todas as três visões enfocam o contínuo julgamento ou sofrimento de Israel nas mãos dos gentios até que venha o Reino de Deus. O capítulo 8 é uma visão revelada em 551 a.C., e trata da opressão de Antíoco IV (Epifânio), um rei selêucida vindo do Império Grego, que profanaria o futuro Segundo Templo em Jerusalém, em 167 a.C., estimulando desta forma a revolta dos Macabeus. Esse rei também é descrito na visão de Daniel 11.21-35.

O capítulo 9 é a resposta de Deus à oração de Daniel em 539-538 a.C., sobre a profecia de Jeremias de que o povo judeu ficaria no exílio por 70 anos (Jr 25.11-12; Jr 29.10). Daniel entendeu que aquele era o momento do final do exílio (609-539 a.C.).

Deus revelou a Daniel que um período de 70 vezes sete anos de julgamento futuro estava decretado para Jerusalém até que toda a expiação tivesse sido feita em favor de Israel. No final de 483 anos, o Messias deveria ser “cortado” (Dn 9.26), deixando uma última “semana” (um período de sete anos) de julgamento antes do fim (vv.24-27).

A visão final, registrada nos capítulos 10 a 12, foi dada em 536-535 a.C. e trata da nação de Israel nos “últimos dias” (Dn 10.14). O capítulo 11 visualiza os conflitos entre os selêucidas e os ptolomaicos durante o tempo do Império Grego, que culminou com a abominação da desolação de Antíoco Epifânio no Templo (Dn 11.31).

Antíoco Epifânio é apresentado como nada menos que um tipo de um futuro governante maior: o Anticristo, que se exaltará contra Deus. O livro termina com o estabelecimento do governo de Deus e a recompensa da ressurreição dos santos.

A Mensagem

O Livro de Daniel contém uma mensagem tanto para Israel quanto para as nações gentias. Para Israel, a mensagem é que permaneça fiel ao único e verdadeiro Deus a despeito dos sofrimentos sob o governo gentio, enquanto espera o Messias de Deus e o Seu Reino.

Para os gentios, a mensagem é que reconheçam o Deus de Israel como o Deus Altíssimo e acolham o plano dEle para Israel e para o mundo. Deus deve ser reconhecido como Soberano; e honra e glória devem ser dadas a Ele. Como o próprio Nabucodonosor reconheceu: “o domínio [do Deus de Israel] é sempiterno, e o reino [do Deus de Israel] é de geração em geração” (Dn 4.34).