segunda-feira, 8 de abril de 2013


Estudo Biblico Que Tipo de  Semente Você Está Plantando? Evangélica Gospel


Que Tipo de Semente Você Está Plantando?


“Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas”. Ec 11:6   Salomão escreveu: Segundo a Tradição Judaica ele escreveu Cantares quando jovem, Provérbios, quando estava na meia-idade, e Eclesiastes, no final da vida. O declínio espiritual de Salomão, a sua idolatria e a sua vida extravagante, deixaram-no por fim desiludido com os prazeres desta vida e o materialismo, como caminho da felicidade.

Seu propósito principal ao escrever Eclesiastes foi em compartilhar com o próximo, especialmente com os jovens, antes de morrer, seus pensamentos e seu testemunho, afim de que outros não cometessem os mesmos erros que ele cometera. 

Embora os jovens devam desfrutar da sua juventude, o mais importante é que se dediquem ao seu Criador e decidam temer a Deus e guardar os seus mandamentos. Esse é o único caminho que dá sentido à vida.

Iremos definir dois tópicos muito importantes: SEMENTE e COLHEITA

- Semente:  s.f. 1 Grão de cereais que se lança na terra para que germine. 2 Qualquer grão ou substância que se semeia.

- Colheita: s.f. 1 Ação de colher os produtos agrícolas. 2 Conjunto dos produtos agrícolas de um ano. 3 P. ext. Aquilo que se colhe, que se ajunta.

Ao inciar devemos entender que o texto do pregador nos relata que devemos ter fé e confiança nos negócios dos tempos antigos.

Naquela época, os navios que safam em rota comercial demoravam-se muito; havia grande espera antes de qualquer lucro. Entretanto, os bens do comerciante tinham de ser confiados aos navios. A frota de Salomão trazia "ouro, prata. marfim bugios e pavões" (1 Rs 10:22), e partia uma vez cada três anos.

De modo semelhante, o Pregador convoca seus leitores a assumir a vida como vinda das mãos de Deus gozando-a, a despeito das provações e perplexidades. Tal tipo de vida contém os elementos de confiança e aventura (lança o seu). exige entrega total (visto que o teu pão é empregado no sentido de "bens", ''mantimentos'', como em Dt 8:3; Pv 31:14) e nos dar uma expectativa, uma recompensa que requer paciência (depois de muitos dias).

O pregador ainda nos relata que temos que ter um entusiasmo, e a dedicação ao comércio. Os investimentos dele deverão ser tão amplos quanto sua prosperidade o permitir. 

Ele está interessado, agora, em que o sábio faça um investimento total na vida de fé. As  temos que ter uma urgência, pois não sabemos quando vai nos abater uma adversidade sobre a terra e os negócios.

Assim, o negociante há de ser zeloso com respeito a seus negócios, porque a impossibilidade de prever os eventos poderá impedir que no futuro haja oportunidade de usar o zelo.

Nos dias que que vivemos não é diferente, os negociantes no seu investimentos, ele espera receber um lucro.

Ex: Bolsa de valores, câmbios, investimentos nos seu funcionários etc.

Nos versículo 2 (Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra).
     
O Pregador mais uma vez nos adverti que os “costumes dos mestres de cerimônias de levar porções diante deles, servindo-as a diferente convidados, à mesa”, (Gn 43:34), "ou da prática de distribuir-se gratuitamente porções aos pobres, em ocasiões festivas (Ne 8:10).

V. 3 - Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.

Não se pode controlar a natureza; portanto, preparai-vos para o pior (Delitzsch).

Amados, na agricultura o comerciante tem muito riscos, a chuva - vento - vento - chuva. 

1º quadro: é de tempestade com chuva pesada e vento forte.
2º quadro: parece referir-se a uma árvore desarraigada. O tema não é que a árvore não poderia ser removida. mas que sua queda não poderia ter sido antecipada.

Desta forma, a queda repentina da árvore contrasta com o ajuntamento de nuvens tempestuosas, que podem ser observadas com apreensão. 

APLICAÇÃO: a humanidade não pode controlar as dificuldades da vida, mesmo quando estas são antecipadas, e porque freqüentemente eventos inesperados sobrevêm.

V. 4 - O Pregador adverte, a ação, usando, uma ilustração da vida agrícola. O fazendeiro enfrenta diversos tipos de dificuldade, não podendo esperar uma ocasião mais propícia para lançar a semente. “A falta de informações completas não é desculpa para a inatividade”  (Jones).

V. 5 – A melhor  interpretação:
"Assim corno você não sabe o caminho do vento. nem como os ossos se formam no útero...” (adotada pela RV e NIV);

Neste ponto, em seu apelo final, o Pregador insiste simplesmente num fato: certos aspectos das obras de Deus, na terra, desafiam-nos e permanecem sem explicação. 

V 6 - O Pregador tira suas conclusões. Se não estivermos certos a respeito de qual. esforços produzirão resultados proveitosos a abordagem correta da vida será entregar-nos a responsabilidades à muito, e aguardar o fluxo de acontecimentos. A vida de fé que conduz à alegria e satisfação não proporciona conhecimento infalível do futuro. O Pregador dispõe de uma doutrina da providencia, a qual não é uma "constante calma e isenta de tensão" .

De modo negativo, o Pregador prevê alarme, advertindo-nos quanto à nossa ignorância e às dificuldades que virão; de modo positivo, ele nos encoraja à diligência infatigável.

O versículo todo é uma ilustração tirada da agricultura; As preposições do hebraico, melhor traduzidas por "pela manhã. .. até à tarde" referem-se simplesmente ao trabalho que se fez durante um dia inteiro (if. SI 104:23).

Em Mateus 13.13, lemos: "Eis que o semeador saiu a semear...".

Quero que você tenha a consciência de que é um SEMEADOR. Um semeador que Deus está preparando para algo muito grande.
 
Observe:

Deus compara-se a um semeador:

"Semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com a semente de animais" (Jr 31:27). Que persistente e abundante ele é! Tanto no reino natural como no espiritual, Deus opera majestosamente só; e como semeador, é infatigável em sua tarefa.

Cristo é também um semeador.

O Mestre compara-se e proclama-se O Semeador. Ele não veio "do depósito da infinita beneficência, sabedoria e vida, para semear nessa terra sementes vivas da verdade, santidade e gozo - sementes da lei que produzirão convicção, e sementes do evangelho que produzirão gratidão compreensiva, gozo e amor?" Ele não surgiu como o grande Mestre, o Apóstolo divino do evangelho?

O Espírito Santo é um semeador.

É ele quem inspira os semeadores, e rega a semente plantada. "O Espírito, como o vento, sopra onde quer, e cada fôlego do Espírito divino é uma Palavra de Deus". Semeando para o Espírito, sabemos o que é ter o nosso espírito tocado e estimulado, para espalhar a semente. Desde que Cristo, o Semeador divino, ascendeu ao céu, pelo seu Espírito, ele continua seu ministério por meio de seus filhos redimidos".

Todo cristão deve ser um seme­ador.

Ao comissionar os seus, Cristo falou dos corações dos homens como um campo, e seu evangelho como a semente a ser espalhada por toda parte. "Ide, e fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28:19,20; Mc 16:20). O que ele começou a ensinar, seus apóstolos deram continuidade (At 1:1).

É também privilégio e obrigação de todos que são de Cristo agir como semeadores.

Aliás, em comparação com a vastidão do campo, os semeadores são poucos! Nosso Pai celestial, o Agricultor, exortanos a orar, para que ele envie mais semeadores ao seu campo. Todos, não apenas pregadores e professores, podem ser semeadores.

O maior serviço que qualquer cristão pode realizar, é semear a boa semente da Palavra, pela da vida, pelos lábios e pela literatura. Palavras e ações são sementes que caem no solo dos corações.

O Semeador vai lançar a semente, qual a semente?

A semente a ser semeada, é apresentada de duas maneiras, a saber: "a palavra do reino" (Mt 13:19) e "a palavra de Deus" (Mt 5:19; Lc 8:11). Todas as sementes devem ser semeadas.

O Semeador vai encontrar solos difíceis,mais não pode desistir.

4 TIPOS DE  SOLOS.

A atenção é focalizada não no semeador ou na sua semente, mas no solo e sua reação à semente plantada.

1. Ouvinte à beira do caminho, ou o ouvinte com a mente fechada.

Esse tipo recebe a semente pelo ouvido, mas não a deixa frutificar. A semente está na superfície e não sob o solo. Temos aqui uma superfície dura, destituídos de percepção espiritual. Tais podem ser religiosos e assíduos à igreja, mas a verdade recebida nunca satisfaz a alma, com um temor profundo. A verdade foi "pisada" pela "roda dos negócios e dos prazeres". Não toma posse, porque o coração é como uma rodovia cuja superfície é dura, e nada pode marcá-la. A semente não pode penetrar e germinar; então é comida pelas "aves", agentes do "maligno". A verdade não tomou posse, pois a dura crosta da negligência impediu a sua recepção. Quando a Palavra é entendida e recebida pela fé, fica fora do alcance de Satanás.

2.  Ouvinte do terreno pedregoso, ou o ouvinte com a mente emocio­nal.

A semente é recebida, mas não cria raízes. A semente foi lançada ao solo, está no solo, mas não está sob o solo. Temos aqui uma pessoa entusiasmada, bem conhecida daqueles que pregam o evangelho. Sua adesão à verdade é apenas superficial; e sua fé, muito frágil. Tais pessoas não sabem o que é nascer de novo pela semente incorruptível. "Não têm raiz em si mesmas". As impressões são transitórias, e quando surgem tentações e perseguições, logo se desviam. Faltam-lhes a profundidade na fé e no caráter. E significativo que um caráter superficial esteja conectado ao coração endurecido.

O lugar pedregoso era onde havia apenas uma fina camada de terra, e abaixo dessa camada era pedra dura e impenetrável. Há muitos desses corações pedregosos nas igrejas. Que bênção seriam eles se fossem profundos! 

3. Ouvinte do terreno espinhoso, ou o ouvinte com a mente inconstan­te.

Nesse caso a semente lançou raízes mas não produziu frutos. A semente caiu ao solo, está no solo e sob o solo, mas não germina. E sufocada e tipifica a pessoa preocupada. A semente se apossa, mas essa posse é disputada por um tríplice antagonismo. São permitidas forças contrárias à natureza da semente.

Os cuidados desse mundo sufocam. Uma atenção ansiosa e inquietante aos negócios dessa vida presente sufoca a semente. Uma lista de interesses legítimos passa a dominar a vida, em que a religião é apenas mais um departamento de uma vida profundamente dividida.

A sedução das riquezas.

Nesse caso, são as riquezas acumuladas como fruto de cuidados mundanos e ansiedade. Cristo não diz que cristãos prósperos não produzem frutos, mas que não produzem com perfeição (Lc 8:14). "Quão dificilmente entrarão no reino dos céus os que con­fiam nas riquezas".

As demais ambições. Essa expressão pode ser traduzida por "prazeres desta vida". Prazeres inocentes em si mesmos, os quais a prosperidade mundana proporciona a quem a ela se entregar, e sufocam a semente. Gasta-se muito tempo com os prazeres, e só poucas horas para as coisas espirituais. No começo da fé cristã houve crescimento e a promessa de fruto, mas outras preocupações impediram que os frutos amadurecessem.

4.O Ouvinte da Boa terra, ou o ouvinte de mente firme e compreensiva.

Por ter raízes profundas, houve muito fruto. A semente estava no solo, sob o solo, dentro do solo e acima do solo. A semente apossou-se por completo. Penetrou em toda a alma e encheu a mente, o coração, a consciência e a vontade. Quando a Palavra é recebida, entendida e obedecida, produz fé segura em Cristo, e serviço que glorifica a Deus e beneficia aos outros. Esse último solo é o reverso dos outros três. Por isso, a semente lança raízes, não perde facilmente a umidade, e então a seiva e a energia dão vida à planta que, subseqüentemente, cresce.

A semente produz fruto, na proporção em que é permitida possuir o "coração honesto e bom" (Lc 8:15). Se a semente produz fruto com "paciência", ou continua "perseverando até o fim", em contraste com as que "sufocaram" a Palavra, então a semente semeada cumpriu sua missão.

Onde estão os semeadores desta igreja?
Vai encontrar os 4 tipos de solos.
Mas não tenha medo pois o Senhor é contigo.

domingo, 24 de março de 2013


Estudo Biblico Jefté -  Sucesso e Drama na era dos Juízes Evangélica Gospel


Jefté - Sucesso e Drama na era dos Juízes



Jefté foi um dos juízes em um período caótico da história de Israel, 1380 a 1050 a. C: "Não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" Jz 21:25. Vivia em Gileade, sendo membro da tribo de Manassés. A história de Jefté é curiosa, controversa e não conclusiva. Ele nasceu e viveu em um contexto familiar desorganizado. Sua mãe era prostituta, seu pai ( Gileade) tinha muitos filhos de outros relacionamentos. A Bíblia apresenta Jefté da seguinte forma: " Era então Jefté o gileadita, valente e valoroso, porém filho de uma prostituta, mas Gileade gerará a Jefté. Também a mulher de Gileade tivera outros filhos, já grandes que expulsaram Jefté de casa dizendo: Não herdarás em casa de nosso pai, porque és filho de outra mulher" Jz 11:1-2.

Assim, Jefté em todo e qualquer contexto histórico, diante de sua origem e consequências familiares, seria fadado ao insucesso. Alguém lançado à marginalidade, sem pai, mãe, irmãos e sem lar. Tendo que vencer os traumas para se posicionar de forma relevante na sociedade. O que acontece a Jefté, após ser expulso de casa? " Foi habitar na terra de Tobe; e homens levianos se ajuntaram a ele e saíam com ele" Jz 11:3. Se meteu com más companhias, mas a facilidade de adaptação ao novo lugar, demonstra que ele tinha capacidade de liderança.

Então, Jefté era valente, valoroso e lider. Cheio de qualidades, em um contexto de dificuldades. Quantas pessoas não se identificam com Jefté? Ele precisaria não chorar o abandono e a desgraça familiar, mas investir esforços para ser feliz, através daquilo que lhe era próprio: liderança, força e valor. A história demonstra um homem motivado e disposto a vencer, tanto que chama à atenção dos anciãos de Israel e em um momento crítico da nação, ele é lembrado e solicitado: "Volte para Gileade, venha ser conosco para combater contra os filhos de Amon, seja cabeça entre nós" Jz 11:08.

Para quem não desanima nem se entrega a má sorte, chegará esse momento de reconhecimento e vitória. O Jefté valoroso era maior que sua história natural de desamparado familiar. E essa é uma lição para nós. Tem semelhança com "sair de detrás das malhadas", deixar o anonimato, ser exaltado por ter nascido humilhado, mas não passar a vida lamentando. O destino empurrava Jefté para o caos, ele porém, prevalecia pela coragem e vontade de ser feliz.

Juízes 11: 29 "Então o Espírito do Senhor se apossou de Jefté. Este atravessou Gileade e Manassés, passou por Mispá de Gileade, e daí avançou contra os amonitas". Israel venceu a guerra e a participação dele foi decisiva, até que o nomearam juiz da nação. Julgou Israel por seis anos, sendo sepultado nas cidades de Gileade (no plural).

E Jefté, cujo nome significa "Deus abre" entra para o rol dos juízes de modo louvável. Deus de fato, abriu caminhos e deu oportunidades a esse guerreiro que soube ser diplomata e militar. Antes de partir para luta armada, ele tentou dialogar com as nações inimigas, propondo acordo ( juízes 11:12). Quem diária que alguém tratado com tanto desdém, soubesse tratar os outros de forma tão complacente? A história desse homem pode nos ensinar muito.

O voto de Jefté

Agora, há algo de intrigante e controverso na vida de Jefté. Não se sabe o certo como tudo aconteceu porque a narrativa é confusa e por mais que seja objeto de debate, nunca, ninguém conseguiu decifrar o que de fato aconteceu nesse período da vida de Jefté, na volta da guerra. E esse acontecimento faz com que ele seja lembrado como homem imprudente e apressado.

Ele fez um voto ao Senhor: " Se totalmente deres os filhos de Amom na minha mão, aquilo que, saindo da porta de minha casa, me sair ao encontro, voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor, e o oferecerei em holocausto. Juízes 11:31

Para compreender melhor esse voto, seria necessário conhecer a intencionalidade dele, o que se passava na mente e coração de Jefté: falta de fé em ganhar a batalha? Gratidão antecipada por certeza de vitória? Imprudência?

A batalha já estava ganha porque Deus assim havia confirmado, então por que a necessidade do voto? Seria um pouco de orgulho em não se conformar com o mérito Divino e assim adicionar o mérito homem, humano? A vitória seria por causa do voto, ou por causa de Deus? Claro que Deus era com Israel sem que fosse necessário o voto, mas Jefté o fez. E quem é que primeiro sai à porta de Jefté, após retornar da batalha? Sua filha, única filha.

Ele poderia ter recorrido ao santuário de Siló e requerer a anulação do voto, junto ao sacerdote Eli e ao profeta Samuel, mas não o fez. E mais uma vez fica a interrogação: por que? Apesar de se mostrar decepcionado e surpreso com o desfecho de seu voto, ele mantém as palavras: "Abri minha boca ao Senhor e não voltarei atrás, filha minha, o que votei, pagarei" Jz 12:34.

Todo o dilema sobre o voto de Jefté consiste em saber se:

- Sua filha foi sacrificada, queimada no fogo como oferta a Deus
- Foi sacrificada e ofertada como forma de consagração, não conhecendo homem algum, permanecendo virgem e trabalhando no templo em Siló.Esta alternativa, faria com que a sucessão parentesca de Jefté fosse inexistente.

Ao meu ver, é bem complicado confirmar uma ou outra alternativa, uma vez que o texto é confuso no original e nas traduções. Porém, podemos levantar hipoteses, considerando o contexto histórico da época.

Primeiramente, oferecer sacrifício humano, era algo proibido pela lei de Moisés, sendo abominação ao Senhor. (Levítico 18:21; 20:2-6 e Deuteronômio 12:31, 18:10). Como Deus aprovaria um voto que fosse contrário a Sua lei? E daí, você pode perguntar: se sacrifício humano era proibido, o que falar de Abraão e Isaac e do próprio Jesus Cristo? Isaac não foi sacrificado. Em seu lugar, um cordeiro, apontando para o sacrifício Pascoal.

Jesus é o Cordeiro de Deus. O unigênito de Deus ofertado como sacrifício em nosso favor, o Seu sangue purifica o homem de todo pecado. Absolutamente dentro do contexto prometido por toda Escritura. Não foi sacrifício humano, foi Divino em favor dos humanos (Hebreus 9)

Mas o que intriga mesmo é que a palavra usada para holocausto, no voto de Jefté, literalmente significa: Olah, em hebraico, sacrifício, oferta queimada.

A filha ofertada para serviço no templo

Todos prefeririam que a história de Jefté não terminasse de forma tão trágica e triste, e por isso, a segunda alternativa da filha ter sido sacrificada, com vida dedicada ao serviço no templo seria a melhor opção. Alguns argumentos, sustentam essa hipótese:

Juizes 11:37,38: "Disse a filha a seu pai Jefté:: Concede-me somente isto: deixa-me por dois meses para que eu vá, e desça pelos montes, chorando a minha virgindade com as minhas companheiras. 38 Disse ele: Vai. E deixou-a ir por dois meses; então ela se foi com as suas companheiras, e chorou a sua virgindade pelos montes."

Como é que alguém está prestes a ser morta e pede para chorar a virgindade? Não deveria chorar a morte? De que serviria a virgindade em um morto? Chorar a virgindade seria uma forma de lamentar não ter conhecido varão, em vida? Não suscitar descendência a seu pai? Mas Jefté poderia casar novamente e suscitar descendência de uma outra semente, não acham? 

Chorar a virgindade, pode se referir ao fato da filha de Jefté ser consagrada ao serviço do Senhor, no templo em Siló e jamais poder conhecer homem algum. Teólogos, porém afirmam que isso não procede, uma vez que o texto Bíblico é enfatico ao afirmar: Juízes 11:40: " saíam as moças durante quatro dias, todos os anos, para celebrar a memória da filha de Jefté, o gileadita." E só se celebra memória de quem já morreu.

Esse assunto é instigante. A palavra "celebrar" aparece em algumas traduções como "lamentar". Assim, de ano em ano, por quatro dias, as moças virgens de Gileade, celebram ou lamentam a filha de Jefté.

Encontrei mais adiante, no livro de Juízes, referência a ruína da cidade de Gileade: "Lá haviam quatrocentas moças virgens, que não conheceram homens e as levaram a Siló, que está em Canaã" Jz 21:12 e como todas as virgens de Gileade ainda não compreenderam a quantidade de homens que procuravam casamento na região, recorreram as virgens de Siló: 

"Há, porém, a festa anual do Senhor em Siló, ao norte de Betel, a leste da estrada que vai de Betel a Siquém, e ao sul de Lebona". Juizes 21:19.

Anualmente acontecia as festividades no templo em Siló, onde provavelmente a filha de Jefté servia ao Senhor. Se ela era celebrada de ano em ano, pelas virgens de Gileade, poderia ser perfeitamente pela ocasião das festividades em Siló. Uma oportunidade para reencontrar a filha de Jefté e relembrar do voto do pai e de sua permanente virgindade.

A realidade é que existem muitas especulações sobre o desfecho do voto de Jefté e o destino de sua filha, mas vamos levar esse caso conosco como um daqueles mistérios pertencentes somente a Deus e a quem viveu no tempo dos juízes.

Não obstante as polêmicas, muito temos a aprender com a vida desse juiz em Israel que saiu de uma vida repleta de dramas familiares para reinar sobre um povo, o mesmo povo que o havia rejeitado. Jefté não se opôs a defender os que lhe ofenderam. Ele venceu suas limitações e prosseguiu como um guerreiro valoroso.

Eu, você e Jefté

Mesmo sendo um homem vitorioso em quem habitava o Espírito de Deus, ele cometeu o grave erro de fazer um precipitado e imprudente voto. Ele contava que algum animal saísse primeiro na porta de sua casa, uma vez que na antiga Palestina a maioria das casas tinha o celeiro na parte térrea inferior e as pessoas se acomodavam no andar de cima. Mas Jefté, mesmo sendo um estrategista militar, não mediu as possibilidades. Grande lição para nós! Devemos sempre, sempre, reconhecer nossas limitações e confiar no Senhor para vencermos os inimigos. Rei Davi sempre confessava: O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é o meu rochedo, em quem me refugio. Ele é o meu escudo e o poder que me salva, a minha torre alta."Sl 18:2. 

O voto de Jefté foi assim como uma loteria, um jogo de roleta russa, e disso não se agrada o Senhor. Nossos votos, devem ser segundo a Palavra de Deus. Sobre aquilo que podemos cumprir e que sabemos não ferirá: a Deus, a nós, e ao próximo. E sua história de luta e vitória, a meu ver, não pode ser desprezada. Serve de ânimo para aqueles que vivem dramas familiares semelhantes.

Deus nos abençoe.


| Autor: Wilma Rejane


Estudo Biblico Oração  Coluna de Todas as Coisas Evangélica Gospel

Oração Coluna de Todas as Coisas



Lc 4:1-13

Introdução: Em Lc 22.40 Jesus nos adverte a orar para não cairmos em tentação. Para entendermos melhor, podemos comparar o mundo a uma grande vitrine, recheada com toda a sorte de coisas com o objetivo de atrair nosso olhar e coração. Perceba então, que o mal vem sempre travestido de algo bom. Em 1 Ts 5.22 A Palavra nos ensina a fugir de toda a aparência do mal.

No texto que acabamos de ler, Jesus não se deixou seduzir pelas ofertas apresentadas a Ele. Através da oração e jejum, Ele conseguiu discernir o engano que estava por trás delas. Baseado nesta passagem bíblica vamos entender que alguns danos, certamente  nos sobrevirão, se nos deixarmos seduzir pelo mal:

1. Nossa identidade em Deus é atacada - “Se és filho de Deus” - Uma vez que somos de Deus, sabemos quem somos, porque somos, e para que somos. Ou seja, o Pai nos deu um nome, um propósito e um alvo. Entretanto, podemos perder tudo isto se não nos prepararmos em oração e jejum para enfrentar os enganos da vida.

2. Passamos a nos alimentar de algo que parece bom, mas não é - “Manda que esta pedra se transforme em pão” - Este é outro engano muito comum em nossos dias. Existem muitas pedras que foram transformadas em pães, e que estão sendo oferecidas no lugar do pão genuíno que veio do céu, Jesus. Muitas pessoas estão sendo seduzidas pelo mais fácil, por aquilo que parece ser mais lógico, pelo mais convencional, deixando assim de se alimentarem do verdadeiro pão. Elas então, deixam de ir à célula, à igreja, não querem assumir um compromisso com Deus, e desta maneira criam a sua própria religião, ou seja, o seu próprio pão.

3. Deixamos de ver Deus como a nossa suficiência
 - “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele darás culto” - A adoração é a maior evidência de que somos só do Senhor. Quando satanás requer a adoração por parte de Jesus, ele estava propondo a idéia de ser possível servir a dois senhores. Parece que já vimos esta historia acontecer no jardim do Éden. Uma vida de oração nos livra de vivermos uma vida em cima do muro.

Conclusão: Assim como aconteceu com Jesus, se nos sujeitarmos a Deus em oração e resistirmos o mal, ele certamente fugira de nós (Tg 4.7).


| Autor: Pr. José Divino de Souza